Diocese:

Alojamento de estudantes na cidade do Porto

O Secretariado Diocesano da Pastoral Universitária e algumas paróquias mais próximas das «zonas universitárias» da cidade do Porto (Amial, Antas, Bonfim, Carvalhido, Cedofeita, Cristo-Rei, Foz, Lordelo do Ouro, Paranhos, Santíssimo Sacramento, Santo Ildefonso, São Mamede de Infesta, Senhora da Ajuda, Senhora da Conceição, Senhora da Areosa) vão, em mútua colaboração e pelo sexto ano consecutivo, tentar dar alguma resposta aos problemas de integração e alojamento de quantos chegam ao Porto para iniciar os seus estudos de ensino superior.

A cidade do Porto tem a segunda maior Academia do país. Para além da proliferação mais recente de universidades e institutos superiores privados, para isso contribuiu o rápido crescimento da própria Universidade do Porto: no espaço de vinte anos (entre 1970/71 e 1990/91) o seu número de alunos passou de 8.258 para mais de 17.000, transformando-a assim na maior Universidade de Portugal. É assim que à cidade do Porto continuam a acorrer estudantes das mais diversas proveniências, apesar do desenvolvimento de outras universidades como as de Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Interior, Minho e Aveiro. Uma situação destas, além de benefícios para a comunidade humana e eclesial que está nesta cidade, põe também inevitáveis questões e desafios.

Um problema concreto com que se deparam muitos dos estudantes que, no início de cada ano lectivo, chegam à cidade pela primeira vez é o do alojamento. Não é só a sua falta, ou a falta de informação, mas também as frequentes situações de exploração, desde a especulação ao nível dos preços, à falta de condições para o descanso e para o estudo, até mesmo à indevida exploração do trabalho ou do próprio corpo. São problemas que os cristãos não poderão, em boa consciência, ficar indiferentes. Nesse sentido aparece a proposta do Secretariado Diocesano da Pastoral Universitária de dinamizar e congregar os esforços que algumas paróquias vêm desenvolvendo neste campo.

Convirá, porém, notar que esta situação sofreu alguma evolução nos últimos anos. À escassez e mesmo insuficiência de oferta (em relação à procura) sucede agora a abundância, o que faz com que, frequentemente, sejam mais as pessoas a «oferecer» alojamento do que a procurá-lo. Isto deve-se a uma sede de autonomia dos estudantes (o que os leva preferencialmente para apartamentos cuja aquisição é, para os pais, um investimento), à diminuição de tempos e custos de viagem quotidiana entre a própria terra e a cidade, até ao maior número de possibilidades de prossecução dos estudos universitários mais perto da própria terra.

Esta situação torna ainda mais pertinente uma intervenção pastoral. Mais do que uma simples recolha de informações sobre alojamentos (o que já é feito por algumas estruturas académicas) parece oportuno indagar sobre as suas condições e dignidade, o que as estruturas paroquiais podem fazer muito melhor. E isso criará possibilidades de acolhimento e inserção humana e eclesial que só uma comunidade paroquial pode oferecer.

Tudo isto revela bem que, de modo nenhum, se deve transformar esta experiência num qualquer serviço de «agência de alugueres». E a utilização deste recurso para resolução de problemas económicos não deverá, de facto, fazer valer menos a justiça e a dignidade do acolhimento.

Em circular já divulgada, o Secretariado da Pastoral Universitária propõe às paróquias a criação de um «ficheiro» de quartos ou apartamentos a alugar; a «verificação», através do conhecimento directo ou pedido de informação, das condições de ambiente e proporção preço-qualidade, etc.; o acolhimento e encaminhamento dos estudantes durante as habituais horas de funcionamento dos serviços paroquiais; a criação de um «ficheiro» de estudantes que possam vir a precisar dos respectivos serviços paroquiais; o envio de cópias das respectivas fichas ao Secretariado Diocesano da Pastoral Universitária; e a actualização dos ficheiros a partir da informação que alugadores e estudantes se comprometerão a dar sobre a evolução da sua situação.

O próprio Secretariado Diocesano da Pastoral Universitária, com sede na Casa Diocesana de Vilar, Porto, propõe-se criar um «ficheiro geral» resultante das cópias enviadas pelas paróquias; verificar as condições oferecidas pelos alugadores através de uma equipa de estudantes voluntários; assegurar, nos meses de Setembro e Outubro, de segunda a sexta-feira, um atendimento permanente entre as 14h30 e as 18 hora, de modo a conseguir resolver os casos que não tenham conseguido contacto com as paróquias; actualizar regularmente e por contacto telefónico com as paróquias o referido «ficheiro»; e divulgar a iniciativa através dos meios de comunicação social, privilegiadamente os da Igreja e de uma informação directa aos párocos mais distantes da cidade do Porto.
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S. Martinho de Lagares (Penafiel)

Bodas de prata da igreja

A comunidade paroquial de S. Martinho de Lagares, Penafiel, a que preside o P. José Leal, assinalou, no sábado, dia 22 de Agosto, às 21 horas, as bodas de prata da sua igreja paroquial, com Euacristia a que presidiu D. João Miranda, bispo auxiliar.

Na homilia, começou D. João por elogiar o hábito de pessoas, famílias e comunidades assinalarem os aniversários, tendo acrescentado que tais festividades deverão ser revestidas da perspectiva cristã de verdade e de moderação.E lembrou o grande aniversário da Redenção que a Igreja quer celebrar no ano 2000.

A celebração foi animada pelo coro paroquial a que se juntou o da capela de Ordins e o grupo coral dos pequeninos, num total de 70 vozes, acompanhadas pelo novo órgão que custara 2700 contos. A presença do Procurador Geral da República, Dr. Cunha Rodrigues, do Conselheiro de Estado Dr. Barbosa de Melo, e do presidente da Câmara Eng. Agostinho Gonçalves, deram ao acto particular significado.

No dia seguinte, domingo, houve uma grande arraial no Campo da Igreja, promovido pelo grupo de jovens de Lagares com os das paróquias vizinhas.

O programa das bodas de prata da igreja de Lagares incluia uma detalhada revisão pastoral e também um esforço de conhecimento da história dessa terra. Nesse sentido, foi feita uma exposição de fotografias no Centro Histórico Paroquial, a antiga igreja, lembrando os primeiros passos dados já em 8 de Dezembro de 1965 para a construção da nova igreja e os diversos leilões que antecederam a bênção da primeira pedra. Em realce está ainda a inauguração da igreja e dedicação do Altar em 22 de Agosto de 1971, feita por D. António Ferreira Gomes. Toda a obra custara dois mil contos.

Em exposição estava ainda o ante-projecto para a remodelação da residência paroquial e para criação de mais de uma dezena de salas de catequese e outros serviços, como um auditório para mais de duzentas pessoas sentadas. Para este fim foi o ofertório da Eucaristia de aniversário: 2700 contos dos 64 mil que custará a obra projectada pelo Arq. M. Furtado de Mendonça.

Para assinalar uma tal comemoração, Lagares apresentou o primeiro número do seu jornal paroquial «A Nossa Terra», uma publicação que promete prosseguir com regularidade e que dá a conhecer momentos relevantes da história desta comunidade.
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Nomeações

D. Júlio Tavares Rebimbas, arcebispo-bispo do Porto, acaba de proceder às seguintes nomeações:

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