Cultura:

Imprensa de inspiração cristã
abraça as novas tecnologias

Viseu é a cidade em que, de 8 a 10 de Novembro, decorrerá o II Congresso Nacional da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã- AIC.

Depois do acolhimento dos congressistas e da apresentação do programa do Congresso, o Prof. Doutor Carlos Correia, da Universidade Nova de Lisboa, falará sobre «As novas tecnologias e o seu impacto na Comunicação Social», seguindo-se uma demonstração prática do que é a Internet.

No sábado, os trabalhos abrem às 9,30 horas, com a participação do Secretário de Estado da Comunicação Social, seguindo-se uma intervenção do Dr. Pedro Magalhães, do CENJOR sobre «As novas tecnologias na produção da imprensa escrita» e depois o Dr. João Palmeiro, da Universidade Católica Portuguesa, falará sobre «A publicidade e o marketing na imprensa escrita», seguindo-se diálogo com os conferencistas.

De tarde, haverá um painel «A imprensa de inspiração cristã: problemas e possibilidades» com intervenções de "Voz Portucalense", "Almonda", "Diário do Minho", "Reconquista" e "Badaladas", sendo moderado pelo Prof. Doutor Braga da Cruz. «O direito à informação: o papel da imprensa de Inspiração Cristã" é o tema que se seguirá, sendo apresentado pelo Dr. Assis Ferreira. Ao fim da tarde haverá uma actividade cultural e à noite a reunião dos associados da AIC.

No domingo, depois da Eucaristia, o Dr. Rui Avelar, presidente do Conselho de Administração da Lusa, falará sobre «A agência de notícias: uso e possibilidades na imprensa regional». No final da manhã serão apresentadas as conclusões do Congresso.

O I Congresso decorreu em 1994 em Évora.
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«O CINEMA EM CASA»

De 25 a 31 de Outubro

TELEVISÃO - As características inerentes ao pós-guerra origina que os grandes cineastas se interessem pelos problemas humanos e verdadeiros como o racismo, o regresso a casa, as origens e consequências do crime, a violência dos "gangsters", etc.. Esses factores provocam um auge do chamado "cinema negro americano" ao unir-se aos mesmos a maestria no ofício de certos realizadores que mostram uma evidente complacência ante a violência e o sadismo. Surgem assim obras de enorme qualidade como «Relíquia Macabra» (The Maltese Falcon, de John Huston, 1941), «Nos Bastidores de Nova Iorque» (The Naked City, de Jules Dassin, 1948), «Laura» (de Otto Preminger, 1944, que vimos a semana passada), «Quando a Cidade Dorme» (The Asphalt Jungle, de John Huston, 1950), «Gilda» (de Charles Vidor, 1946), «Almas Perversas» (Scarlet Street, de Fritz Lang, 1945), entre outros. Esta introdução serve para apresentar o novo ciclo da RTP 2 em "Cinco Noites, Cinco Filmes", que esta semana vai trazer um dos mitos mais carismáticos da 7ª Arte: Humphrey Bogart. Entre segunda (28) e quinta (31), vamos poder ver «Anjos de Cara Negra», de Michael Curtiz (1938), ainda com James Cagney; «O Último Refúgio», de Raoul Walsh (1941), com Ida Lupino; «Combóio para Leste», de Lloyd Bacon (1943), com Raymond Massey; «Prisioneiro do Passado», de Delmer Daves (1947), no qual contracena com Lauren Bacall (o grande amor de sua vida, sua quarta mulher desde 1946 até à data da sua morte).

Provávelmente a lenda mais surpreendente e duradoira que o cinema já deu. Considerado o mito de Hollywood em estado puro, Humphrey DeForest Bogart nasceu em Nova Iorque, a 23 de Janeiro de 1899, no seio de uma abastada família de Long Island, filho de um cirurgião e de uma ilustradora de revistas. Actor de extraordinária personalidade e amplo registro interpretativo, Bogart iluminou com seu amargo sorriso o escepticismo de uma época e representou o anti-herói ideal dos anos 40: duro, cínico, independente, desenvolto para as situações e capaz de sacrificar a mulher que ama pelo respeito a uma moral que só a ele pertence. Sua inconfundível figura - com seu chapéu, sua gabardine, seu cigarro, sua voz firme e insinuante e sua peculiar forma de mirar as mulheres com olhar gélido - está ligada para sempre com as melhores imagens do cinema negro, mas Bogey não foi sómente um agressivo gangster ou um inexorável detective, também encarnou com tal cinismo, com tal ar de desencanto, o aventureiro, que lhe conferiu o carácter mais romântico e eterno que nunca. Entre os seus melhores trabalhos destacam-se os tipos que protagonizou em «A Floresta Petrificada» (1936), «Relíquia Macabra» (1941), «Casablanca» (1943), «O Tesouro de Sierra Madre» (1948), «A Rainha Africana» (1950), «Sabrina» e «A Condessa Descalça» (1954), «A Mão Esquerda de Deus» e «Horas de Desespero» (1955). A morte visita-o no dia 14 de Janeiro de 1957, na sequência de um adiantado cancro no esófago.

Outros filmes para ver esta semana: «S.O.S. Fantasmas», comédia fantástica, de Richard Donner (1988), com Bill Murray, Karen Allen e Robert Mitchum: adaptação muito livre do célebre «Canto de Natal» de Charles Dickens (SIC, sábado, 26); «A Mulher do Lado», drama, de François Truffaut (1981), com Fanny Ardant e Gérard Depardieu: é o filme da vida de Alexandra Lencastre (RTP 2, sábado, 26).

VÍDEO - Matthew Poncelet (Sean Penn) é um jovem condenado à morte pela violação e assassínio de dois adolescentes. Do corredor da morte, onde aguarda a sua execução, solicita a ajuda da Irmã Helen Prejean (Susan Sarandon), para que seja sua conselheira espiritual na semana que falta para que se cumpra a sua pena. A Irmã Helen é uma freira que nunca havia tomado contacto com o mundo das prisões e menos ainda com um condenado à morte. Nessa semana deverá conseguir que o condenado consiga a sua absolvição e paz espiritual. Mas para a freira também significará uma dura experiência psicológica, já que tentará não ser parcial e ver os dois lados dos acontecimentos, visitando os familiares das próprias vítimas.

Baseado num facto real, «A Última Caminhada» (Dead Man Walking, no original) foi realizado por Tim Robbins, significando, finalmente, o primeiro Oscar da carreira de Susan Sarandon após uma longa lista de ocasiões frustradas. Sean Penn, igualmente nomeado pela sua magnífica interpretação do assassino, contentou-se com a nomeação. Agora disponível em vídeo de aluguer por iniciativa da Prisvídeo/Ecofilmes Audiovisuais.


... E FORA DE CASA

Realizador e argumentista com imaginação, Roland Emmerich, criador de bem sucedidas fantasias como «Universal Soldier» e «Stargate», contra-ataca descrevendo o dia em que os extraterrestres invadiram os Estados Unidos aproveitando a jornada da festa nacional: o Dia da Independência. Tal como em Oliver Stone, os seus heróis nascem em 4 de Julho, quando o mundo tem um contacto imediato com a civilização desconhecida e hostil que pretende destruí-lo.

O que mais fascina em «O Dia da Independência», enquadrado na nova vaga de catástrofes do cinema americano, é a mescla de gráficos elaborados por computador com os truques visuais mais tradicionais ou, o que vem a ser o mesmo, a animação à base de maquetes e miniaturas com os métodos digitais. Segundo o responsável por toda a parafernália tecnológica, "para o tipo de cenas que se pretendia era mais adequado o uso de maquetes. Muitas explosões e fogos que ainda hoje, apesar da sofisticação nos computadores, requerem a utilização de certos truques fora da informática, manejam-se melhor com materiais em miniatura. Além disso, se se faz com o computador tudo o que se pode fazer com maquetes, o custo de um filme sobe astronómicamente". Entre os mais destacados truques utilizados destaca-se uma gigantesca parede de fogo que sai das naves aliens para devorar cidades inteiras. Foi uma das razões por que se decidiu utilizar maquetes, onde se utilizaram mais materiais que nos três «Batman». O trabalho com miniaturas inclui explosões "in camera", obra combustível com maquetes e unidades pirotécnicas. As naves que permanecem sobre as cidades foram desenhadas por computadores. O mais difícil foi um plano do combate aéreo com mais de 200 objectos voando ao mesmo tempo.

Sem grandes nomes no elenco, onde se destacam Will Smith ("O Príncipe de Bel-Air"), Jeff Goldblum, Bill Pullman e Mary McDonnell, aí está um filme que se pode ver apenas pela qualidade dos efeitos visuais, distribuído por Filmes Castello Lopes.
Vasco Martins
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PUBLICAÇÕES

Atrium - Revista dos alunos do Seminário Maior do Porto. Desde há dez anos que o Seminário do Porto dá a conhecer um pouco do que é a sua vida através da «Atrium». No n.º 19, há pouco publicado, trata-se o tema do ecumenismo, dando a conhecer as perspectivas das Igrejas Católica, Ortodoxa, Presbiteriana, Lusitana e Metodista. E apresenta-se o exemplo da Comunidade de Taizé, num apelo à comunhão que só a Caridade constrói, fazendo ultrapassar divisões e revelando o Mistério da Igreja. Algumas notícias mostram o ritmo da casa.

Esperada era, entretanto, a edição dos números 15 e 16, correspondentes ao ano de 1994, que estavam em atraso e que agora aparecem. O tema é a Família, contendo uma entrevista ao P. António Mota, director do Secretariado da Família e agora também pároco de Ermesinde. Apresenta-se ainda, além do Cântico de Jeremias, um esboço da história do Seminário Maior do Porto, os painéis da igreja de S. Pedro de Ferreira, Paços de Ferreira, a concepção de Homem em Teixeira de Pascoaes e alguns acontecimentos. A «Atrium» está agora em dia.

Didaskalia - Revista da Faculdade de Teologia de Lisboa; fascículo 1, volume XXVI - O texto de abertura deste fascículo é o "Simbolismo e linguagem actual em S. Paulo". Santo Agostinho está no centro dos dois artigos seguintes: A doutrina diferencial dos graus de perfeição segundo Santo Agostinho" e "Santo Agostinho na perenética portuguesa seiscentista". Este fascículo apresenta ainda um estudo sobre "Os direitos do Homem e a Lei Natural em Jacques Maritain".

O Poder do Silêncio - José F. Moratiel; Edições São Paulo - Este livro mostra a utilidade e o poder do silêncio para uma renovação da vida, alterando modelos de comportamento, e para gozar a presença de Deus, visto que o silêncio é o lugar privilegiado de procura e encontro com Deus.

Um grande educador português do século XX - João Evangelista Loureiro; Editorial da

Casa do Gaiato - Este livro apresenta os princípios educativos do Padre Américo. O que mais ressalta é o sentido da liberdade humana e um pensamento pedagógico bem fascinante, na simplicidade dos meios.

Inventar a Vida - Giorgio Basadonna; Edições Paulistas - Ajudar as pessoas a viverem e realizarem-se sempre numa procura incessante de amor, igualdade, fraternidade, justiça e paz é o que pretende este livro. Trata-se de um desafio a acabar com a preguiça preguiça e de vivo apelo a acordar e viver.

Viver é Amar - Giorgio Basadonna; Edições Paulistas - São apontados aos jovens caminhos novos. Esclarecendo os mistérios da pessoa e do amor e penetrando nos segredos do coração humano, este livro é, antes de mais, um convite ao amor.

«A Virgem Maria» - Os 350 anos da Consagração de Portugal a Nossa Senhora da Imaculada Conceição oram assinalados pela edição do livro «A Virgem Maria», Padroeira e Rainha de Portugal. Com 130 páginas cheias de ilustrações, este livro aparece como apelo a que o povo renove a sua devoção à Mãe de Deus, como preparação para o novo milénio. Nas livrarias por 500$00.

«Mulheres Bíblicas» - Um livro de Carlos Lino Seabra, com 192 páginas, editado por Edições São Paulo, Lisboa, dá a conhecer 84 mulheres do Antigo e do Novo Testamento que se distinguiram, contrariando o estatuto de menoridade a que eram votadas. O texto contém gravuras das 49 que são do Antigo Testamento e das 35 que são do Novo Testamento.
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