A XFM ESTÁ EM LUTA

FÓRUM DEDICADO À
SUSPENSÃO DAS EMISSÕES DA XFM



A XFM continua viva na Internet!
Mantenha-se atento nos próximos dias.


COMENTÁRIOS - 6 a 13 de Setembro 97



Por: Gil Neves - emprestado
Sat Sep 13 21:04:46 1997

XFM
Para um ideal de liberdade, sempre presente
em cada um de nos, para o direito a diferença...
Só este grito:
X de volta !!!!!!!!
......ou vira de novo a revolta!!!!!!!!!!!


Por: Nelson Zagalo - emprestado
Sat Sep 13 20:58:46 1997

Viva o Capitalismo!!!
Já não chegava a ditadura deste gajo nas salas
de cinema da Lusomundo, ainda temos que o aturar
agora no antro das ondas hertzianas.
Abaixo. Abaixo. Abaixo ao absolutismo deste homem
que controla quase toda a comunicação social
e tambem a arte, pois a XFM não era uma estação
de rádio mas sim uma obra de arte.
XFM, eu gostava. Espero poder continuar a gostar.
..................Kill'em All


Por: Pedro Jorge - Sem
Sat Sep 13 20:38:20 1997

É Verdade Que o Radar Também Já está Na tsf??
A Tsf Quer o Espirito da X... Queria!!... Digo eu


Por: Jaime Rafael Servent - jservent@onenet.com.ar
Sat Sep 13 20:25:13 1997

Amigos de XFM:
Mi nombre es Jaime, soy argentino, de la ciudad de Córdoba, Argentina, Sudamérica, es la segunda ciudad mas importante de este pais (2.000.000 habitantes) y oh! casualidad! dirijo una emisora de frecuencia modulada llamada XFM, en 94.7 mhz., aparentemente con contenidos muy similares a los de la vuestra, pero . . . ¿Aún existe? ¿Serían tan amables de comunicarse con mi e-mail y contarme que sucede? Pueden hacerlo en portugués, lo entiendo perfecto aunque disculpas por no escribir en su idioma, es por una cuestión de tiempo. Me interesa lo del concurso de nuevo logotipo, si es que sigue vigente y otros aportes que podría realizarles. Un gran saludo, desde muy lejos (o no tanto!) coincidimos en un proyecto similar. Espero con ansias respuestas vuestras. Hasta pronto, Jaime Servent ( jservent@onenet.com.ar )


Por: Joaquim Pedro -
Sat Sep 13 20:19:51 1997

Não sei onde a Sarah o Rui e o Anibal estavam com a cabeça para aceitarem trabalhar na tsf.
Também não sei quais os planos da direcção da tsf: Pôr os ouvintes da X a ouvir a tsf???
Quererá o grupo Lusomundo atrair a imensa minoria que rejeitou ao fechar a XFM.
Há por ai alguém capaz de me explicar tudo isto?
Como Ouvinte fiel da X sinto-me Traido.


Por: nuno rosa - nrosa@hlcmm.pt
Sat Sep 13 1:09:25 1997

epá não deixem de lutar pela nossa melhor rádio nacional
o unico produto digno de ter made in portugal.
sem esta radio já nem consigo ligar o radio, olho para o bicho e até me apetece cuspir-lhe em cima
devido a coisas chamadas RFM´s.
continuem a lutar .


Por: Telmo Azevedo Fernandes - telmo@etc.pt
Sat Sep 13 0:35:46 1997


Dois excertos de Cowboys e All Mine, do novo album dos Portishead.


Por: Zé Mota - isis@mail.telepac.pt
Fri Sep 12 23:52:22 1997

Lenha para a fogueira.

Is Government Obsolete?

http://wwww.wired.com/wired/4.01/departments/electrosphere/government.html


Por: Paulo Sebastião - Emprestado
Fri Sep 12 19:56:10 1997

O "X",poder-se-á considerar uma marca de refe-
rência. O "X" poderá ser o local do tesouro; o "X",
poderá ser o ponto de encontro. Assim assimilámos um
projecto radiofónico, onde as almas sedentas de
paixão convergiam, e onde o tesouro dos deuses
existia. Ricardo Saló, António Sérgio, Aníbal
Cabrita e Silvia Alves, o quarteto de deuses, que
me acompanharam ao longo dos anos, e infelizmente
por questões técnicas, apenas estavam ao alcance
das cidades capitais. Contudo, a sua aura excedia
os limites geográficos impostos, como deuses que
eram, e sempre serão.
Ao ser tomada uma decisão admnistrativa de
acabar com o conforto espiritual de gente
maioritáriamente independente, alguns de nós
deixámos de olhar para o céu, em busca da aura.
Mas, e volto a referir, como deuses que são, a
mística perdurará, e o incentivo de combater a
uniformização do pensamento, é o legado que nos
deixam.

Até sempre, e um abraço do vosso amigo Paulo
Sebastião.

P.S.Se alguém vier a Coimbra, sintonize a RUC
(107.9MHz). Não encontrará dueses, mas quanto a
ferverosos discípulos, isso é uma certeza.


Por: Telmo Azevedo Fernandes - telmo@etc.pt
Fri Sep 12 16:04:05 1997



TINA & THE TOP TEN em concerto!

Ritz Club - 16 de Setembro - 22h


Por: paulo feliciano - jpfeliciano@expo98.pt
Fri Sep 12 15:04:55 1997

muito se tem discutido neste FORUM sobre cultura, apoio estatal e minorias vs. maiorias. apesar de não passar um dia sem checkar o evoluir da conversa, fiquei de fora durante um tempo. nada como observar para pensar.
parece-me que a questão tem vindo a falhar o alvo. vamos por pontos.
primeiro. cultura é tudo aquilo que enriquece o conhecimento e a experiencia de um individuo ou comunidade. no âmbito de uma comunidade, o nível cultural - i.e. o nível de conhecimento e a riqueza das suas experiências - é importante para a sobrevivência dessa comunidade. no acelerado processo de globalização que vivemos ao nível planetário. isso quer dizer, preservar a identidade específica dessa comunidade e ao mesmo tempo fornecer-lhe os meios , físicos e intelectuais, para que se possa afirmar no referido processo (quero dizer: não perder o comboio).
segundo: o estado não tem, à partida nenhuma obrigação/dever de sustentar o gosto ou opinião de minorias ou maiorias. o estado tem é que ter uma perspectiva sobre as acções/decisões importantes para que a comunidade que representa não "perca o comboio". seja construir estradas (servindo uma grande maioria), seja criando condições para a investigação cientifica de ponta (servindo uma pequena minoria) ah, aqui é que está o busílis e o ponto que nos interessa. se bem que possa parecer que a investigação cientifica (estilo problemas exóticos tipo fisica molecular) é um assunto sem interesse para o cidadão comum, os reflexos dessa investigação, a longo prazo, podem muito bem vir a contribuir para um estádio mais elevado do seu desenvolvimento civilizacional. e para além disso, a saude da economia ganha com a criação de diversidade, em todas as frentes.
a música ( e a criação estética em geral) participam desta dinâmica. uma comunidade esposta a uma diversidade de experiências sonoras/estéticas aumenta o seu nível intelectual - isto antes mesmo de discutirmos a questão do gosto. só puramente ao nível do potencial de um país/comunidade.
concluindo. a questão não está em saber se é possível ou desejável uma rádio tipo XFM sem apoio do estado ou não... a questão é que o estado tem OBRIGAÇÃO de defender a diversidade (cultural, biológica, cientifica, social...) sob pena de hipotecar o futuro (e este futuro está muito parar além dos ciclos eleitorais) dos individuos que representa. é só por isso que se jusitifica a rtp2 ou a antena2, como forma de aumentar a diversidade da oferta. e nós, individuos, temos o direito, e até mesmo o dever, de exigir que a diversidade seja fomentada.
em termos mais pragmáticos: mesmo que a estratégia seja convencer um grupo económico a investir numa rádio que passa música diferente das outras, devemos insistir para que o estado contribua de alguma forma (em dinheiro, estruturas, estatutos, leis, condições, programas...) para a consolidação dessa realidade.
é que tudo isto não é só apropósito do gozo individual que cada um de nós usufrui quando liga o rádio na X, é também apropósito do impacto disto tudo no futuro dos nossos filhos.
ganda seca. obrigado. e que a festa de dia 11 seja mesmo diferente de todas as outras.


Por: Bruno Dias - bdias@nautilus.fis.uc.pt
Fri Sep 12 12:55:45 1997

Bom dia a todos os maratonistas!

Ao ver este forum tao animado, o dia 11 vai-se tornando
muito apetecivel, para podermos conhecer aqueles que lutam
para que a X nao morra.

Dos varios comentarios que tenho lido, existem alguns a
comparar a RTP2 com XFM do seguinte modo, se o estado financia
a televisao das minorias, porque nao a x tambem? A questao
esta no facto da RTP2 ser DAS MINORIAS do cinema, teatro,
literatura, pintura, desporto... enquanto a x ser apenas de
uma minoria musical. Que fazer entao?

Se pelas razoes apontadas atras, acho que o estado nao devia
financiar a X, a nossa solucao reside apenas em aumentar o
numero de ouvintes. E claro que para isso e preciso divulgacao
e tambem uma campanha de marketing agressiva, no estilo da
frase "Deixe de ser duro de ouvido". E que muita gente so ouve
a radio cidade porque os amigos o fazem, e com essa campanha
podiamos trazer alguns deles para nos, levando os outros atras.

A musica portuguesa tambem nao pode ser descurada, quando a X
voltar. Enquanto isso nao acontece, a equipa do etc podia criar
mais links nesta pagina, alem dos que ja existem.

Deixo por agora este site para ir navegar noutras paragens.

Adeus


Por: ANT. BORRALHO - -
Fri Sep 12 12:27:21 1997

...CONTINUO EM ESTADO DE CHOQUE.


Por: NUNO TUDELA - nunotud@geocities.com
Thu Sep 11 23:55:00 1997

o silêncio não é de ouro; o silêncio é um vazio...


























um IMÊNSO VAZIO.


Por: Tiago Azevedo Fernandes - taf@etc.pt
Thu Sep 11 23:13:18 1997

Gostava apenas de sublinhar o seguinte.

1) Este forum é moderado por mim e pelo Telmo e para o fazermos temos que ler as mensagens que cá chegam. Isso demora tempo porque, entre outras coisas, também dormimos :-)
2) Já aconteceu termos eliminado mensagens. Raras vezes. Nunca por discordarmos da opinião expressa, mas por serem escritas em termos impróprios ou não fazerem parte do âmbito da discussão aqui travada.

Nesta altura, em que se começam a notar os sintomas da "abstinência da X", há que juntar esforços e continuar. Tal como na maratona, o difícil é o meio!
Vamos concentrar-nos em preparar 11 e 18 de Outubro!
Afinal, quer queiram quer não, a X vai voltar!


Por: Telmo Azevedo Fernandes - telmo@etc.pt
Thu Sep 11 22:10:21 1997

Percebe-se pelo comentário do João Paulo Antunes que é um recém-chegado a este Forum..
Os milhares de pessoas que aqui têm participado sabem que não existe qualquer censura.

Não sei se o João Paulo Antunes está ou não interesado no regresso das emissões da XFM...
Ninguém alimenta falsas expectativas. Apenas tenho a dizer que quando a Lusomundo fechou a X no dia 1 de Agosto se estava bastante mais longe do que se está agora para um eventual regresso de um projecto de rádio com estas características!

Que a Sarah e o Rui Neves estavam na TSF já o sabíamos. Aliás o Rui já lá tinha um programa.
O Aníbal Cabrita passa agora a trabalhar para a TSF, é um facto.

Não quero cometer nenhuma inconfidência nem tão pouco criar problemas a estes grandes profissionais.
Mas quero dizer uma coisa a todos os participantes neste Forum:

Qualquer animador da XFM não está a trabalhar nas condições que estava na X.
A equipa continua interessada em manter um projecto X.

Para bom entendedor...

Os contactos da ETC com os grupos económicos prosseguem. Ainda não temos nada em concreto, é verdade.
Não podemos ainda adiantar mais pormenores. Normalmente o Diário Económico e o Público são jornais bem informados ;-)
Aí têm surgido referências a algumas destas manobras.

Já agora, outro aparte. A equipa da XFM não tem participado muitas vezes neste Forum porque a Lusomundo decidiu retirar os PCs da Avenida de Ceuta e o "pessoal" não tem computadores em casa com a cesso à Internet, tal como a esmagadora maioria da população portuguesa...
Helas!
Mas não há problema: ainda existem telefones e faxes! :-)

Os "vampiros" não nos derrotam :-) :-)

Mas para já a altura é de festa!

Dia 11 de Outubro em Lisboa e dia 18 no Porto.
Dentro de muito breve tempo estaremos em condições de divulgar mais pormenores sobre as festas!
Mantenham-se atentos a estas páginas ;-)

A X vai voltar!


Por: João Paulo Antunes - Desculpem mas ainda não tenho
Thu Sep 11 22:04:08 1997

Julgo que este é um Fórum aberto, e por isso não deve haver qualquer tipo´de censura.
Pedia á equipa da etc que adicione o comentário que há pouco enviei ao Fórum:
É que se não fizer começo a pensar que tudo que se está a discutir é propaganda para fins que só á etc interessa.
Uma autopromoção servindo-se da X para isso.
A informação que dei sobre a ida do Anibal Cabrita para a tsf para fazer o espaço 1 - 3 da manhã é de Fonte segura.
A emissão do AnibalCabrita entra já com a nova grelha da tsf: A partir de 15 de Setembro(próxima segunda).
Penso que é bom que se saiba já isso... não sei se vai mudar alguma coisa, mas a equipa da x está a desfazer-se.


Por: Carlos Ribeiro - Não tem
Thu Sep 11 21:44:23 1997

Quando é que se pode saber mais Pormenores acerca das bandas que vão actuar no aniversário da X.
Estou desejoso de saber!


Por: Vitor Junqueira - VitorJ@ip.pt
Thu Sep 11 21:36:44 1997

Gostava de comentar a última mensagem do Vítor Marques, cujo contributo para este fórum tem sido bastante interessante, deste a suspensão da X.

VM: ...existem igualmente muitas outras minorias. Se o Estado tem a obrigação de apoiar financeiramente uma rádio como a X, porque não apoiar projectos dessas outras minorias?
VJ: concordo perfeitamente.

VM: Reparem que o tão citado exemplo da TV2 não se dirige um um público específico mas a uma grande variedade de "minorias".
VJ: Ora aí está uma resposta, não?

VM: E a rádio para essas pessoas [as que ouvem a rádio Cidade] existe sem o apoio do Estado.
VJ: Se calhar não é bem verdade. Se calhar essas rádios até concorrem a dinheiros europeus para a realização dos investimentos. Pelo menos preenchem os requisitos necessários para o fazerem (isso sei eu muito bem, pois a elaboração de projectos de investimento para candidaturas a programas de incentivos europeus é o meu dia-a-dia de trabalho). Mas mesmo que isso não ocorra, é verdade que rádios como a rádio cidade são perfeitamente viáveis, quais máquinas de fazer dinheiro, que não precisariam nunca do apoio do Estado para sobreviverem. Mas a verdade é que a orientação desse tipo de rádios, e de um canal como a SIC, é o mercado. Quanto maior este for melhor, porque melhores contratos publicitários terão. O meu patrão quis colocar um anúncio na Cidade e eles pedem autênticos balúrdios. O espírito da X, como o espírito da antiga RUT, nunca foi este. Não é que não houvesse o interesse comercial. É claro que havia o interesse de explorar um nicho de mercado que não se identificava com a medíocre oferta das outras rádios. A preocupação dos empolgados e excitadíssimos animadores da rádio cidade não é de mostrar aquilo que de interessante se vai fazendo por aí. É antes passar uma playlist infinitas vezes, criando os grandes sucessos que permitem depois que a rádio continue com altas audiências. Todos concordam que a apresentação da X era muito mais séria e, embora o objectivo também fosse manter aquele nicho de mercado, era fácil de perceber que havia um grande prazer dos animadores em "mostrar", mais do que "vender".

VM: ...se nós achamos que devemos ter o nosso espaço próprio, devemos lutar para que isso possa acontecer e não pensar nas obrigações do Estado. (...) Temos gostos próprios e devemos lutar por eles, isso sim.
VJ: Mas a defesa do argumento da participação do Estado não é incompatível com a luta. Pelo contrário, faz parte dela. Foi aliás por causa disso que eu critiquei a posição assumida desde início pela Etc, ao relegar para um plano secundário a eventual ajuda do Estado. A luta deve avançar nas várias frentes.

Um abraXo, Vítor (um dia ouviremos de novo a X)

Vitor Junqueira


Por: João Paulo Antunes -
Thu Sep 11 21:21:07 1997

Quanto tempo demora um comentário a sair...
espero que neste fórum não se pratique a censura??


Por: João Paulo Antunes -
Thu Sep 11 20:11:13 1997

Bom! a X está a perder membros...
Já foi a Sarah, O Rui e agora o Aníbal.
Cabrita na TsF a tempo inteiro:
1h-3h da manhã na TSF.
A X está cada vez mais longe...
Chega de alimentar falsas espectativas!!!


Por: Armando Brito de Sá - abritosa@ip.pt
Thu Sep 11 19:26:01 1997

Alguns comentários avulsos:

1. Propaganda das festas - posso sugerir que os designers de serviço à causa desenhem qualquer coisa que possa ser posta online para os desenhadores nabos, como eu, imprimirem, fotocopiarem e distribuírem por aí? É capaz de ajudar!
2. Na linha do ponto anterior - Ponham online uma ficha de inscrição da AIM preparada para ser impressa, fotocopiada e distribuída. Tentar publicar essa ficha em revistas com potencial de atingimento da audiência (associações de estudantes, p.ex.).
3. A X como rádio cultural? Talvez. Melhor, como contra-cultura. E as contra-culturas, por definição, têm de arranjar métodos heterodoxos para sobreviverem. O tipo de slogans "à la" XFM-L são disso típicos. A aposta, se calhar, terá de ser de outro estilo: a nossa música (a da X) é melhor que a outra!! Qual gosto, qual carapuça! E fazer disso bandeira!
4. A audiência da X de Londres será provavelmente da mesma dimensão da audiência portuguesa... se a X aqui cobrisse o território nacional! É assim que a publicidade se torna atraente. Se se conseguisse meter uns nichos da X nas rádios locais (à imagem dos noticiários da TSF), aumentava-se a cobertura, isto é, a possibilidade de publicidade...

Um abraço a todos. Vou ouvindo a tal 106.2, que é realmente boa... mas não é, não é a mesma coisa...

Armando



Por: Vítor Marques - vmarques@esoterica.pt
Thu Sep 11 19:08:49 1997

Após percorrer alguns dos últimos comentários
verifico que se continua a falar da obrigação,
ou não, de o Estado intervir para defender e
apoiar a nossa X.

Sinceramente, podem estar certos que eu seria
dos primeiros a congratular-se com uma iniciativa
dessas. No entanto, também sou da opinião que
essa não é obrigação do Estado.

Os ouvintes da X são apenas mais um grupo de
pessoas que tem gostos diferentes do que é a
generalidade dos portugueses. No entanto, e se
quiserem considerar que somos uma minoria,
existem igualmente muitas outras minorias. Se
o Estado tem a obrigação de apoiar financeiramente
uma rádio como a X, porque não apoiar projectos
dessas outras minorias?

Concordo que é obrigação do Estado defender e
apoiar a minorias mas, não pode criar um espaço
na rádio ou na televisão para cada uma delas.
Reparem que o tão citado exemplo da TV2 não se
dirige um um público específico mas a uma grande
variedade de "minorias".

Nós, os dependentes da X, não somos nem melhores
nem piores que todos os outros. Podemos achar
ridiculo haver quem goste de ouvir rádio do tipo
"Rádio Cidade" mas devemos perceber que eles
também nos devem achar ridiculos. E a rádio para
essas pessoas existe sem o apoio do Estado.

Assim, se nós achamos que devemos ter o nosso
espaço próprio, devemos lutar para que isso possa
acontecer e não pensar nas obrigações do Estado.
Até porque, como já mencionei, não dos deveremos
nunca de considerar como uma classe de elite
possuidora do bom gosto. Temos gostos próprios e
devemos lutar por eles, isso sim.

Desculpem o inesperado alongamento desta mensagem.

Continuem a participar.


Por: Vítor Marques - vmarques@esoterica.pt
Thu Sep 11 18:48:50 1997

Não tenho tido possibilidade de participar muito
neste fórum nos últimos dias. No entanto, e agora
que o pude fazer, congratulo-me por começarem a
surgir novidades quanto aos dias 11 e 18 de Out.

Será muito importante a divulgação das respectivas
iniciativas junto de bares e, essencialmente,
junto das universidades. Penso que ninguém se
recusará a colaborar com a simples permissão de
se afixarem uns quantos cartazes.

Bom trabalho.

A X tem de voltar.


Por: João Carlos Verde - verde@imagine.pt
Thu Sep 11 13:24:24 1997

Muito se falou aqui da XFM Londrina, mas afinal, depois de visitar o Yahoo! inglês e visitar a própria página dessa Xfm, não é de Londres mas sim de Dublin, Irlanda.


Por: José Jorge Abrantes Coelho de Moura - Matmoura@info.ua.pt
Thu Sep 11 12:15:04 1997

Foi com enorme surpresa que ouvi no dia 31 de Julho durante a última emissão da X o comunicado que esperava nunca ter de ouvir.
O sentimento que senti foi um misto de tristeza, desilusão e revolta.
Todos juntos temos de fazer algo para que a X regresse pois não quero acabar a ver o Big Show Sic ou os Malucos do Riso.
Por uma Imensa Minoria.

Jorge Moura




Por: Telmo Azevedo Fernandes - telmo@etc.pt
Thu Sep 11 11:43:10 1997

Festas da Imensa Minoria:

Lisboa dia 11 de Outubro, Porto dia 18 de Outubro.

Contamos dar a muito breve prazo a lista das bandas participantes e maiores detalhes quanto ao programa dos festejos.
Além de bandas portuguesas de reconhecido valor, teremos uma ou outra atracção internacional!

Isto foi só para aguçar o interesse ;-)

A X vai voltar!


Por: Joana Leal - E-mail emprestado
Thu Sep 11 11:22:32 1997

Este fórum, embora mais morno, continua a dar a ideia da importância que tem para todos nós (e é curioso verificar que a X não é só da preferência de 'jovens universitários')o regresso da emissão da XFM.
Escrevo aqui para me solidarizar com a opinião do Vítor Junqueira, nos seus termos gerais.
Penso, porém, que o projecto X tem capacidade para sobreviver por si... basta verificarmos o espaço que a música alternativa/dança tem conquistado nos espaços de venda de discos.
Se há um público, e acredito que é cada vez maior, o mais natural seria haver uma rádio que o servisse.
Resta-nos esperar que os 'grupos económicos' apurem o sentido se oportunidade, com o sem benefícios fiscais.
Mantenham um Karma elevado. A X TEM que voltar.


Por: Pedro Mestre - l38131@alfa.ist.utl.pt
Thu Sep 11 10:45:57 1997

NÃO PODEMOS DEIXAR MORRER O ESPÍRITO DA XFM!!!

E para os que vejam este comentário, não me interessa qual o nome final da rádio que por ai venha para consolar esta imensa minoria...
O que interessa é que o projecto em si volte para as antenas da rádio, e que esse regresso seja o mais breve possivel!

Para todos os orfãos da XFM, a esperança é a última a morrer...



Por: Vitor Junqueira - VitorJ@ip.pt
Thu Sep 11 0:36:53 1997

Esta discussão à volta da participação ou não do Estado na vida cultural de um país tem sido interessante. A suspensão da X teve pelo menos algo de positivo, ao levar a que se criasse este fórum onde temas como estes possam ser debatidos. Possivelmente alguns dos que visitam este fórum de vez em quando começam a ficar desanimados por verem muita conversa e pouca acção. Mas é preciso ter paciência. Segundo a Etc, as coisas estão a seguir o seu rumo natural e é preciso compreender que os contactos com os grupos económicos deverão, por enquanto, ser alheios a este fórum.

É verdade que a discussão se torna por vezes bastante politizada. Mas, afinal de contas, somos, como diziam os estudos de mercado, jovens universitários (eu já não sou) que, por conseguinte, nos encontramos numa fase em que começamos a defender, totalmente convencidos que estamos certos, alguns valores políticos com que nos fomos identificado. É nesta altura que surgem as Jotas, as Associações de Estudantes, as manifestações estudantis, etc.

Em relação aos últimos comentários sobre este assunto:

Não posso concordar, de forma alguma, com aquilo que foi dito pelo José Santos Mota. É que ele, com o seu comentário de 9-Set, levou a controvérsia a um plano bem mais profundo do que até agora tinha sido discutido. Concordo que a defesa da X pelo Estado seja algo de discutível e este fórum tem sido fértil em opiniões nos diversos sentidos. Não posso é concordar, de maneira nenhuma, com a posição de alguém que defende que o Estado deve se abster de patrocinar qualquer actividade relacionada com a cultura (espero não usar muitas vezes esta palavra para não ferir susceptibilidades.)
Teríamos, então, a cultura (desculpem lá, mas teve que ser) ao dispor unicamente de uma classe rica, aristocrática como no início do século. O meio fechar-se-ia em redor desta classe, porque tal como antigamente, só os pertencentes a (ou protegidos por) esta classe minoritária teriam os meios necessários ao seu dispor.
O José Santos Mota refere também que não haveria problema em serem os ricos a pagar a produção artística, porque actualmente são os únicos que a consomem, aproveitando-se, assim, do dinheiro dos impostos cobrados aos mais pobres. Não se esqueça, no entanto, que se as coisas hoje ainda (e é com muita esperança que eu uso este 'ainda') são assim, é porque ainda vivemos o efeito da ressaca de uma época na história do nosso país em que cultura significava Fátima, Fado e Futebol.

Se alguém deve defender a 'cultura' é o Estado, acima de tudo. Só assim a produção artística poderá ter lugar, independentemente de interesses comerciais (e igualmente independemente do próprio Estado - eu não defendo a 'propaganda'.) Só assim poderemos ter uma TV2 que passe bons filmes, para TODOS. Só assim poderemos ter cinema português (e europeu) que poderá ser visto por TODOS. Só assim TODOS nós portugueses, poderemos continuar a saber o que é teatro. É por tudo isto que fico bastante aborrecido ao ver alguém, que possivelmente será da minha idade, a defender um Estado alheio a estas questões.

Pelo contrário, acho bastante normal que alguém ponha dúvidas em relação à obrigatoriedade, ou não, do patrocínio do Estado a um projecto como o da Xfm. Eu sou dos que acredita que essa possa ser uma das vias. Penso que a figura da rádio temática, com benefícios fiscais para os seus patrocinadores, seria uma óptima aposta. Não vou tão longe ao defender que a X devesse ser propriedade do Estado, género TV2. Muita da música que passava na X pode ter algum sucesso comercial que lhe permita chegar a um mercado que torne o projecto viável. Eu também vi a Aula Magna encher várias vezes. E vejo os Tindersticks a venderem bem (e os Portishead quando lançarem o álbum, este mês ou no próximo, também haverão de ter sucesso garantido.) Mas, aproveitando este exemplo, a X não se limitou a passar estes projectos a partir do momento em que se tornaram conhecidos. Foi a própria X que os tornou conhecidos em Portugal. E se hoje sabemos o que é o Jungle, o Drum'n'Bass, o Dub, etc, foi à custa da X, cujo papel de difusora de novas correntes da produção musical actual ninguém lhe pode negar. Da mesma forma, tomámos contacto, através da X, e principalmente através do 'Terra Pura', com a música de cariz tradicional que se faz pelo mundo. E este vanguardismo, traduzido na constante busca de novas ideias, novos valores da música actual, etc, não agrada normalmente aos grupos financeiros... e é aí que o sr Estado deve dar uma mãozinha...

Peço mais uma vez que me desculpem pela falta de capacidade de síntese, mas sinto a necessidade de deixar estes pontos bem claros, enquanto houver alguém que confunda 'cultura para todos' com 'cultura para os que podem'; ou 'apoio à criação artística independente de qualquer interesse' com 'propaganda'.

Vitor Junqueira
http://www.ip.pt/mm/mm.html (Mão Morta)


Por: Pedro Costa - psc@mail.telepac.pt
Wed Sep 10 21:50:56 1997

Continuo a sentir a falta da X.
As outras rádios não existem.
Como é que vão as coisas? Gostava de ter notícias sobre eventuais negociações em curso.
A X vai voltar?


Por: Bruno Dias - bdias@nautilus.fis.uc.pt
Wed Sep 10 20:56:36 1997

Boa noite aos cibernautas.

Escrever para este forum esta-se a tornar uma necessidade, é
bom ver que afinal até eramos muitos, alguem se terá enganado
nas contas.

Eu queria mesmo saber o que acham da ideia de criar na RTP2
um programa musical com as caracteristicas da X.

É pena que não se tenha continuado a divulgar via net os albuns
que passariam na X, caso não a tivessem encerrado.

Não seria possivel em Lisboa e no Porto, e noutras cidades, contactar
bares e discotecas para se fazerem noites XXX!!!! Isso ia aumentar
o publico da X. Penso que muitas pessoas não ouviam a X dantes, porque
não tinham outros locais e assim era dificil ENTRANHAR essa musica.

Adeus até ao proximo encontro virtual.

P.S. Sinto tanta falta do ESPANTA ESPIRITOS!!!!!


Por: Renato Filipe, Porto - vnfilipe@porto.ucp.pt
Wed Sep 10 19:53:07 1997

Espero que na festa de aniversário da X, se encontrem as T´shirt´s à venda!!

"-how do i look?
-very well..."


Por: Mário Ferreira - l39354@alfa.ist.utl.pt
Wed Sep 10 13:28:01 1997


Apesar de estar ao corrente do que aconteceu ( a suspensão, note-se bem, a suspensão das emissões ) como não vivo em Lisboa e não tenho E-mail onde vivo estive um pouco abstraido da realidade. Não sei bem o que já se disse e fez acerca desta confusão toda.
Gostaria unicamente aqui dizer que, se o Estado se dá ao luxo de sustentar uma televisão com uma vertente cultural muito grande ( e ainda bem ), porque não fazê-lo igualmente com uma rádio ? Poder-se-ia dizer que o Estado já tem uma ( ou mais talvez, não estou minimamente informado ),
mas será que têm a qualidade, será que conseguem oferecer o mesmo que a Xfm ? Agora que temos um Ministro da Cultura tão dinâmico (?) será que não estará interessado em mantê-la ?


Por: Fernando Sousa - fsousa@mail.quatrosi.pt
Wed Sep 10 11:47:42 1997

Sobre a AIM:
- Penso que a AIM deve ter como objectivos primários conseguir o
retorno das emissões da XFM e a manutenção deste site que é o elo
de ligação entre os ouvintes.
- O estatuto de entidade de interesse público seria o mais apropriado e
poderia permitir alargar a cobertura da rádio, e assim aumentar a minoria
e conseguir patrocinios através do mecenato.
- Como objectivos secundários poderá promover e divulgar acontecimentos
culturais alternativos de qualidade.
- O lançamento de uma publicação alternativa, dedicada a divulgar a
cultura alternativa da imensa minoria também poderá ter viabilidade.
- Alguns dos principais beneficiados com o retorno da rádio seriam as
grandes distribuidoras de discos, que desde o aparecimento da X viram
aumentar as suas vendas de musica alternativa. Por isso, talvez eles
pudessem contribuir com parte dos patrocinios necessários, desde que não
tentassem influir na politica da própria rádio.
- Poderia ser criado um segundo inquérito para tentar classificar a faixa
dos ouvintes Xfm, pois existindo uma definição mais exacta do público alvo,
então é mais fácil a angariação de patrocinios.

Aguardo mais novidades e procurarei ajudar dentro do que me for possivel.
Até breve.

Eu quero a Xfm de volta.




Por: Pedro Nuno da Costa Viegas Galvao - df21172@einstein.cc.fc.ul.pt
Wed Sep 10 11:40:02 1997

Quero apenas dizer que contem comigo para pormos
a X de novo a emitir.
Acho excelente a ideia da Associacao (vou conta-
ctar amigos meus para que se inscrevam tambem).
Proposta: porque nao, juntamente com a criacao
da Associacao a criacao dum periodico dedicado a
X, algo de baixo custo, que seria distribuido aos
membros da Associacao e talvez posto a disposicao
em cafes, bares, bibliotecas, cinemas, teatros,
locais de exposicoes e, claro esta, lojas de
musica.
Quero ouvir a X de novo!


Por: Paulo Martins - np52ef@mail.telepac.pt
Wed Sep 10 1:54:04 1997

(se calhar sou um daqueles que só fala para não estar calado)

É com relativa pena que ouço o desperdício de energias...
É verdade , como anteriormente já frisei, que o sumo corre... mas, imagem popular, "cai em saco roto"???
Não sei se vos agrada o modo das coisas, a mim preocupa-me...

Acho que, ainda, ninguém sabe o que quer da AIM, se quer a AIM, se só se quer a X (isto todos sabem)...
Porque se discute tanto aqui os modos de actuar, as formas das coisas???
Afinal de contas basta-nos a ETC...ou não será bem assim?

Queremos substituir-nos ao estado...no papel que antes lhe entregámos???...ele é nosso sem dúvida ...mas querêmo-lo???...e até que ponto???
Ou simplesmente não o queremos...temos a ETC claro...
Queremos dar dinheiro para a X???...ou a X deve ser viável por si só???...ou subsidiada como serviço público???...e lá voltamos ao estado que nos esmifra...o estado mau que somos nós!!!

E para a AIM???...dinheiro???...para quê?...o nosso único objectivo é a X...e disso trata a ETC.
E a AIM para quê?...para trazer a X de volta?...que fará a AIM para isso quando daqui a seis meses estiver formal e plenamente activa...e se reunir em assembleia geral...acho que lá também não somos precisos muitos...afinal de contas é sempre feito um rácio...a ETC e a equipa da X resolvem as coisas.


Entro um pouco no jogo...

A X Londres é uma oportunidade...mas não abusar...se eles são únicos...a X Portugal também o é...atrevo a dizer mais única...mas a conexão a certos níveis seria muito interessante(manuela).

A X é viável economicamente...eu até agradeço que me tentem vender o RDIS num anúncio radiofónico...ou o CCColombo...ou os filmes da Medeia... que óptimas que são as reportagens publicitárias quando o produto é óptimo...os disco da Valentim...agora que apostam na segmentação... EU CONSUMO.

Outros serviços que nós queremos usufruir...continuo a pensar que a AIM poderia ser um projecto interessante...desligado da X...mas em perfeita consonância...duas linhas de comboio.

No fundo, não sei, sem acções as discussões ficam no académico.

Gostava de ter a X de volta...isso é que eu gostava...

...os meus elogios aos poderes de síntese de quem deles goza...é bom ouvir as sínteses.

Cruzo os braços até 11 de Outubro????...:)

Quero a X de prenda de aniversário!!!!!!!!!!!!


Por: José Santos Mota - isis@mail.telepac.pt
Tue Sep 9 22:29:27 1997

Peço desculpa, mas tive de aqui voltar. Agradeço a vossa paciência e o interese de quem me contactou directamente.

É só para dizer que mantenho a afirmação de que a Internet NÃO FOI SUBSIDIADA.

As várias tecnologias que lhe deram origem foram inicialmente desenvolvidas por várias instituições mais ou menos públicas, mas sempre para finalidades do seu interesse próprio. Disto ainda percebo alguma coisita, por isso peço desculpa de algumas tecnicalidades.

Ora vejamos.

- O TCP/IP foi desenvolvido pela tropa americana porque precisavam de um rede de comunicações QUE SOBREVIVESSE A UM ATAQUE NUCLEAR! Uau, mais altruismo que isto não conheço.

- A infraestrutura de rede foi feita pelas universidades americanas e europeias porque precisavam disso para a sua actividade, como qualquer empresa ou organização (além disso o financiamento das univs americanas é em grande parte privado e sua actividade tem fins bem lucrativos)

- Os browsers de www foram inventados por estudantes universitários e investigadores para as suas actividades e, claro, porque têm os meios, tempo e acesso à informação para o fazer por puro gozo (gajos porreiros)

- Os PCs, modems, servidores, routers, switches, linhas, cabos, fibras, satélites são feitos por quem ganha muito bom dinheiro com isso

Repito - nenhuma empresa ou instituição pública ou privada investiu inicialmente um tusto com a finalidade de que a Internet se transformasse no gigantesco meio de comunicação global que hoje é. Todas estas coisas foram subprodutos das suas actividades normais. Mais ainda, nenhuma dessas empresas, organizações, institutos previu vagamente sequer que isto ia acontecer. O pessoal pegou nas tecnologias originadas por toda essa gente e fez o que muito bem fez.

É claro que agora já todos viram que isto pode vir a ser um gigantesco negócio, mas poucos ganham que se veja com a Internet porque o pessoal tem a terrível mania de que "a informação quer ser gratuita"...


Por: Nelson Fontan - nfontan@inix.pt
Tue Sep 9 20:02:38 1997

Bom dia 9 a todos!

Eu acho que a X pode sobreviver sem o apoio do
Estado, ou seja, tem mercado que a torne apetecível
a um patrocinador.O problema é explicar a esse patrocinador
quem é que ouve a X.Qual o público alvo.Explicar que as
bandas divulgadas pela X esgotam a Aula Magna ou o Coliseu,
e que não somos assim tao poucos, pelo contrário.
Mas tambem é verdade que a X divulga, essencialmente, arte
o que justifica o tal apoio Estatal.
Deixar cair um projecto com esta qualidade é, infelizmente,
mais um exemplo de que continuamos atrasados.
Só vejo promover o que e ridículo e banal, tou farto disto...

A 106.2 tem mesmo, por vezes, boa música(hoje,por volta do
meio-dia, deu um LP completo dos Young Gods)
Bem Bom!
De qualquer maneira, estou à espera da X...

Um abraço a todos os X ouvintes, a toda
a equipa da ETC(belo trabalho), e toda
a invulgar equipa da X.

Ate dia 11, claro!


Por: Telmo Azevedo Fernandes - telmo@etc.pt
Tue Sep 9 19:00:41 1997

Grande Delta - semana de 08-12 de Setembro on-line!


Por: Luis Pereira - luis.m.pereira@telecom.pt
Tue Sep 9 16:48:34 1997

Caro José Santos Mota: Permita-me umas correcções à sua mensagem:
"O melhor exemplo disto está neste preciso momento mesmo à frente dos vossos olhos amarelecidos pelos raios catódicos - a Internet. Que eu saiba, nenhum Governo, ou ONG, ou Multinacional, ou Comissão XXX, ou Livro Branco, ou de Outra Côr, promoveu ou subsidiou esta coisa!"

Nada mais errado. Aquilo que hoje chamamos de Internet, nasceu da interligação de várias redes de computadores, entre as quais a ARPANET, inicialmente pertencente ao Departamento de Defesa norte-americano, e a NSFNET pertencente à comunidade ciêntifica norte-americana (para variar), logo organismos estatais, logo dinheiro de impostos.Isto numa primeira fase. [Relembro que cá em Portugal, até à uns anos atrás, antes do aparecemento dos ISPs, o acesso à Internet era praticamente um exclusivo dos meios académicos e do operador de telecomunicações (novamente, tudo organismos estatais)]. Numa segunda fase, apareceram as redes particulares (leia-se de dinheiros privados), assim como a EUnet, a rede europeia, formada por instituições académicas, entre outras.

" Pura e simplesmente, a tecnologia e os meios ficaram acessíveis a preços razoavelmente baixos para milhões e milhões ligarem os seus PCs a modems a telefones para os usarem como bem entendem sem pedir licença a ninguém. Excelente."

Verdade. Mas isso só aconteceu depois de vários organismos estatais (norte-americanos e europeus) investirem nas infraestruturas e (mais importante) nas tecnologias iniciais,
para muito depois, virem os ISPs, vender um serviço, e assim aumentar o número de acessos em todo o Mundo. Parece-me que o seu melhor exemplo é um dos piores que podia ter escolhido.

Em jeito de conclusão, diria que as coisas não nascem do nada. Em qualquer empreendimento de interesse público, existe sempre uma fase, normalmente aquela que não produz resultados imediatos, que necessita de apoios. Depois de as coisas estarem consolidadas, e a 'andar por conta própria', é fácil, se houver um mínimo de competência.

Também eu desejo que um projecto como o da X seja auto-suficiente. Para já precisa claramente de apoios, até que a 'viabilidade económica' seja um realmente um facto. Exemplo: Na minha opinião, a verdadeira viabilidade económica passa obrigatoriamente pelas emissões a nível nacional [e isto de acordo também com as conclusões da comparação entre a Xfm London e a X], sendo que isto não é só uma questão de dimensão, uma vez que a ser assim, a qualidade das emissões seria necessariamente bastante melhor. Ora, é aqui que têm de entrar os tais apoios, estatais ou não.


Por: Pedro Balbis - bungle@null.net
Tue Sep 9 16:28:35 1997

Boas
Gostava que alguem me dissesse o que é que se vai passar no Porto no dia 11? Onde e a que horas?

Abraços
X Sempre


Por: Pedro Sousa - Pedro.Sousa@fcsh.unl.pt
Tue Sep 9 15:41:42 1997

A XFM desempenha um serviço publico muito mais
importante na radio do que a RTP2 na televisao.

XFM serviço público, já!


Por: Sérgio Costa - sjcosta@ip.pt
Tue Sep 9 14:52:07 1997

E triste vermos as coisas de que mais gostamos chegarem ao fim.
Infelizmente e assim e se nao nos mexermos isto vai tudo acabar assim.

"Volta X, 'tas perdoada!"


Por: José Santos Mota - isis@mail.telepac.pt
Tue Sep 9 14:01:21 1997

Em primeiro lugar, devo dizer que nunca pela cabeça me passaria há um mês que a minha pequena opinião teria a audiência que teve. Nem que me iria envolver nesta matéria, porque como disse antes sou anti-militante do que quer que seja e tenho o espírito mais inclinado para fazer coisas do que para dissertar sobre elas.

Em segundo, quero dizer que não tenho qualquer medo da cultura. Garanto-vos que não puxo de uma pistola sempre que ouço falar de semelhante coisa! Muito pelo contrário, bem gostaria eu de poder ser um "guardião da cultura" tal como por exemplo o Sr. C. Gulbenkian o foi.

Agora, o que me lixa é que a toda a gente (a que não foge ao fisco, claro) nos aparece o Sr. Estado a impôr que temos de contribuir para uma série de coisas que só interessam ao seu ego, ou grupo de amigos, ou clientela, ou lá o que for. E que ainda por cima apareçam uns "iluminados" a dizer que assim é que deve ser. Isso é autenticamente juntar o insulto à injúria!

Compreendo o argumento que "se o estado desbarata milhões em coisas que só beneficiam interesses próprios (TAPs, autódromos, futebóis, Expos, CCBs, filmes do Sr. M. Oliveira, etc.) então também devia subsidiar a XFM". E logo haverá quem diga "pois é, por isso mesmo devemos organizar-nos e lutarmos para que o estado cumpra o papel que devia, bla, bla, bla...". Mas eu não concordo. Acho que a iniciativa de cada um de nós (individualmente ou organizados da maneira que entendermos) é muito mais rápida, eficiente, eficaz e socialmente útil que a actividade estatal, por muito bem intencionada que seja. Na melhor das hipóteses só servia para substituir um grupo de amigos por outro, e na pior é melhor nem pensar.

Pura e simplesmente deveria ser retirada ao estado a capacidade para fazer tais coisas, deixando a cada um de nós mais meios para podermos apoiar aquilo que nos interessa e do modo que melhor acharmos (dentro dos limites socialmente aceites, claro). Muito mais irrealista, já ouço. E isto muito especialmente nas áreas culturais, em que a criatividade e o dinamismo são cruciais. Nesta área o estado comporta-se é como um Robin Hood ao contrário - "tirar aos pobres para dar aos ricos". Isto porque a pequena minoria que vai aos teatros, filmes, óperas, etc. financiados por todos nós ainda por cima tem na sua quase totalidade capacidade económica mais que suficiente!

É claro que se toda a gente tivesse mais rendimento disponível muito provavelmente a maioria queria era ter um carro maior. Ou um carro, "tout court". Pois que seja. Isso acaba por lhes passar. Por outro lado, as imensas "imensas minorias" que por aí há podiam fazer o que lhes interessa, como lhes interessa, sem ter de pedinchar subsídios e dar satisfações.

O melhor exemplo disto está neste preciso momento mesmo à frente dos vossos olhos amarelecidos pelos raios catódicos - a Internet. Que eu saiba, nenhum Governo, ou ONG, ou Multinacional, ou Comissão XXX, ou Livro Branco, ou de Outra Côr, promoveu ou subsidiou esta coisa! Pura e simplesmente, a tecnologia e os meios ficaram acessíveis a preços razoavelmente baixos para milhões e milhões ligarem os seus PCs a modems a telefones para os usarem como bem entendem sem pedir licença a ninguém. Excelente.

Acerca da X. Há 1 mês e picos parecia-me que apesar de tudo existe uma audiência suficiente para que uma rádio assim tenha sustentação própria e viabilidade económica. Agora tenho a certeza. E mais, parece-me bem que se não for a X a fazê-lo, alguém o fará. Pelo menos aqui na região de Lisboa, em 91.6 e em 106.2 está a haver música "tipo X" e ainda por cima sem anúncios nem noticiários irritantes de hora a hora.

Por isso Srs. X, por favor DÊEM-NOS MÚSICA!

Posto isto, limito-me a parafrasear a última tese do Sr. Witgenstein - "e acerca do que não sabemos, devemos ficar calados."

Adeus e caveat emptor.

Nota: esta mensagem foi inteiramente realizada com electrões reciclados.

PS: Hoje temos o Sr. Jools Holland na TV2. Porreiro.

PPS: Adorei os comentários da Manuela... What a grrrl!


Por: Tiago Azevedo Fernandes - taf@etc.pt
Tue Sep 9 13:13:36 1997

Em http://etc.pt/xfm/imagens/im.gif está uma GIF para quem quiser colocar um link para as Inscrições no seu servidor.
Boa divulgação!


Por: Bruno Mendes - mendes@physto.se
Tue Sep 9 12:54:00 1997

Faz um ano e meio que tive de deixar Lisboa para vir estudar para a Suecia.
Uma das coisas que mais me custou deixar foi a XFM.

Ha um mes soube que a X tinha morrido. Hoje descobri que afinal ainda tem uns sinais de vida.

Ponham um numero de conta bancaria neste "site" e mando uma contribuicao no dia seguinte!

Um projecto como a X e demaisado valioso para desaparecer.

Um abraco para a "grande minoria"!


Por: Miguel Oliveira Dias - Moliveira.Dias@mail.telepac.pt
Tue Sep 9 12:31:48 1997

Se eu pago para uma Rádio que não oiço será possivel pagar pela melhor rádio Portuguesa ?

Que tal cada um dos ouvintes pagar uma quota para o renascer XFM .


Por: manuela pires da fonseca - m.fonseca@ucl.ac.uk
Tue Sep 9 11:55:13 1997

Porque e' que voces nao fazem uma transmissao satelite da Festa para a Xfm Londres? Seria mais facil angariar musicos e ate' aposto que os patrocinadores pagavam mais alto (aqui tambem se bebe cerveja Sagres e Super Bock, hein?!)!

Quando aqui apareci com a X-L, propunha-me trocar uma certa auto-comiseracao e provincianismo de fim de seculo pela universalidade. Pensava eu que poderiamos buscar e aproveitar as semelhancas entre as duas xizes. Ao inves, foram todos unanimes em me apontar as diferencas. Eu tentava lembrar que o ouvinte da X nao e' nem portugues nem ingles: e' um individuo que gosta de determinado tipo de musica. Dai' que qualquer coisa que voces ai' facam (incluindo a edicao de cd...) tenha publico garantido aqui deste lado do canal. Eles sao muitos (meio milhao)? Pois melhor... E que tal uma Festa Live em simultaneo em Inglaterra, Irlanda e Uruguai? Xizes de todo o mundo: uni-vos!

Isto fez-me pensar noutra coisa. Que tal planear uma troca de programas com a X daqui? Com um anunciozito a Portugal pelo meio e um cheque do Turismo portugues interessado em revelar um Portugal jovem e dinamico ao mundo?... ;-) Voces ai' ouviam a musica que se fizera em Londres (ou Bristol ou Reading...) na vespera e, ao mesmo tempo, divulgavam por aqui algum grupo alternativo portugues! So' uma ideia...

manuela.


P.S. E com isto vos deixo. Boa Festa!


Por: António Bob M. Santos - bobiscte@hotmail.com
Tue Sep 9 0:44:01 1997

Olá! Daqui a 1 mês é mais um aniversário da X. Sei que muitas pessoas tem isso presente, mas é triste passar mais um aniversário da X sem a X. Assim, gostava que surjissem ideias para a comemoração do aniversário, para não deixar esmorecer o espírito da X (se é que isso algum dia acontecerá...). Bom, uma boa ideia era tentar por no «ar» a X, via net!!! Acho que haveria pessoas que gostariam trabalhar nesse projecto e seria uma solução possível a curto prazo!!! Espero que surjam mais ideias!! Um abraço!!


Por: Miguel Silveira - mips@students.si.fct.unl.pt
Mon Sep 8 23:59:00 1997

Quando as emissões regulares da X cessaram, foi uma notícia que me deixou desolado.
Eu faço rádio a nível universitário e admirava(admiro) a X tal como a maioria dos meus colegas.
Agora, onde na banda nacional de FM se pode ouvir música diferente?
Voltámos à canseira da rotina das rádios de música comercial.
Ouvir rádio já nao é o que era. Agora somos obrigados a saltar de estação em estação,
em busca de um som que se aproveite, o que é difícil.
Pode-se comparar com o que se passa nas televisões portuguesas.
A TV2, tem de facto a menor audiência e ao mesmo tempo uma excelente programação.
Qualquer um com bom gosto o poderá confirmar...


Por: Pedro Pinto - pspinto@ip.pt
Mon Sep 8 22:56:02 1997

Olá.
Eu sou dos vêm cá ver o que se passa pelo menos todos os dias, mas não costumo escrever nada.
Já agora, sem deixar de agradecer à ETC por manter esta página, queria pedir se actualizavam as propostas dos animadores da X.
Penso que (ao menos isso) seria um sinal de apoio da equipa a este fórum. Olhem que não caía em saco roto. Eu até já comprei o último dos Ballistic Brothers...
Já agora, neste fórum também se podia trocar impressões sobre novidades (que apesr de tudo ainda vão surgindo...).
Obrigado ETC.
Equipa da X: por favor apareçam.

Um abraço.


Por: Luis Carvalho -
Mon Sep 8 22:28:36 1997

Quando é que passam à acção!!!
Parece-me que o tempo da conversa já vai longo!!
Queremos é música!!


Por: Paulo feliciano - jpfeliciano@expo98.pt
Mon Sep 8 18:11:06 1997

Eis uma frase com piada:
"Os 15 milhões de contos de dívida dos clubes de futebol provavelmente chegavam para manter a X no ar uns 15 mil anos."
Manuel Rica, neste mesmo forum.


Por: Luís Franco - l38992@beta.ist.utl.pt
Mon Sep 8 16:38:10 1997

Para quem estava a querer saber qual é a rádio que emite em 106.2 parece que se trata da Rádio Impacto do Montijo.

Um abraço a todos e que a X volte depressa...


Por: Duarte Forjaz - dmbblis@mail.telepac.pt
Mon Sep 8 15:14:38 1997

Eis alguns comentários ao projecto de estatutos:
1. Em relação ao artº1º - finalidades, penso que não seria mau acrescentar um ponto mais: Eventualmente, expandir o conceito de música alternativa a outros meios que não rádio, desde que contribua para o 1º objectivo.
2. No artº 18º, nos pontos 2 e 3, penso que deveria ser especificado o número em relação ao qual são calculados os as percentagens de votos. São os sócios totais ou são os presentes na AG? Ou é outro nº qualquer?
3. Ainda no artº19º, penso que a convocação da AG não deveria ser exclusivo da Comissão Executiva. Deveria também ser possível convocar a AG, desde que se juntem um nº considerável de sócios, por exemplo 50
s sócios em pleno uso das suas funções.

De momento não tenho mais nenhuma observação.
Espero que este processo se inicie o mais rápido possível e se passe à acção o mais rápido possível.
Já não se aguenta as rádios que ficámos obrigados a ouvir.

Força
A X vai voltar.


Por: Manuel Ricca - manuel.ricca@pararede.pt
Mon Sep 8 14:28:03 1997

Este comentário é dirigido ao José Santos Mota:
O Sr. não deve ler muitos jornais.
Os seus 75% dee impostos servem para 'subsidiar' 3 clubes de futebol, 1 autódromo pago 2 (ou mais)vezes,
os impostos de uns quantos outros, 1 barragem de 20 andares, campanhas eleitorais de partidos em que
ninguém quer votar, e a incompetência generalizada de quem define as políticas agrícolas, industriais,
de serviços burocráticos, de planeamento do território, de gestão do turismo
(quanto é que se gasta em cultura no Algarve e na Madeira?), ETC, ETC.
Não me parece que sobre uma fatia muito grande para a cultura, e a prova disso é a pequenez da nossa
produção cultural e a ignorância da maioria da população.
Portanto achei o seu comentário, além de irrealista, é uma falta de respeito para quem também paga impostos
(ainda que talvez não 75% e se sente enganado.
Os 15 milhões de contos de dívida dos clubes de futebol provavelmente chegavam para manter a X no ar
uns 15 mil anos.
O Estado tem o dever de proporcionar à população um leque razoável (com o que sobrar depois de asseguradas as
necessidades básicas) tudo o que contribua para o seu bem-estar e qualidade de vida, i.e., preservação da natureza,
desporto, entretenimento, investigação e divulgação de actividades culturais.


Por: manuela pires da fonseca - m.fonseca@ucl.ac.uk
Mon Sep 8 13:48:51 1997

A imagem dum "silencio expressivo" sugerida em relacao 'a mudez da Xfm no eter revela sagacidade e grande sentido de oportunidade. Defender um "silencio expressivo" num forum de discussao ja' me parece um atentado a qualquer cabeca pensante.

E' claro que "o facto de não surgirem mensagens dos animadores neste Forum não significa que a equipa esteja de braços cruzados (...)". Mas significara' que querem manter as distancias? Que nao consideram este forum como um espaco deles? Era uma simples pergunta, sem recriminacoes. A maior parte das mensagens neste forum dizem apenas "Estamos convosco". Era desnecessario, mas sabe bem ouvir, nao e'? Imaginem antes um profundo silencio expressivo colectivo...

manuela.


Por: Vítor Marques - vmarques@esoterica.pt
Mon Sep 8 12:43:48 1997

Esqueci-me de uma coisa importante:
Parabéns ao pessoal da Etc pela página de entrada
no site da X.


Por: Vítor Marques - vmarques@esoterica.pt
Mon Sep 8 12:41:40 1997

Falta cerca de um mês para o dia 11 de Outubro.
Talvez já exista algo de concreto sobre o
aniversário da X.

Logo que tenham novidades seria bom que essas
fossem colocadas neste fórum para se poder falar
a seu respeito e divulgar.

Parece-me que começa a haver menos comentários
no fórum. É natural pois já se disse tanta coisa.
Mesmo assim, quem já não sabe o que dizer, diga
OLÁ para mostrar que está cá.

Continuar a lutar contra o actual marasmo da rádio.
QUEREMOS TODOS QUE A X VOLTE!!!!


Por: Bruno Dias - bdias@nautilus.fis.uc.pt
Mon Sep 8 12:17:08 1997

Bom dia a todos os navegadores que atracaram neste porto.

Dos varios comentarios que li, existem dois que mostram bem a opinião maioritaria deste forum.
- José Santos Mota, de 4/9
- Miguel Magalhães, de 4/9

Quando MM diz que a X não deve ser apoiada pelo estado, estou completamente de acordo. Este forum e a festa da X a 11/10 vão mostrar que existe realmente publico, suficiente para a viabilidade da X. Acabando de vez com a ideia de que somos um grupo ( pequeno) de pessoas elitistas.

Quanto à mensagem de JSM, onde ele nos diz que que as entidades como RTP2, CCB e outros se estão nas tintas para os portugueses, que o logico seria todos pagarmos uma taxa de 20% geral, pagando depois uma taxa suplementar pelos serviços particulares do nosso agrado, só posso dizer que estou completamente em desacordo.

Em relação à RTP2 considero-a essencial no actual panorama da cultura (ao contrario de muitos, eu não tenho medo desta palavra). Onde poderia eu ver filmes de realizadores como, Ferreri,Fassbinder, Resnais, Hartley, Leigh e muitos outros. Varias vozes já se levantaram para a criação de uma taxa para se poder ter acesso à RTP2. Como é isto possivel? Então a cultura é só para os ricos? Os pobres tem de gramar e embrutecer com o Big Show Sic?

Sugestão: Porque não sugerir à RTP2 a criação de um programa de musica baseado no espirito da X, isso levaria a um aumento de adeptos do som da X?


Por: Francisco Nobre Teixeira - Johndoc@mail.telepac.pt
Sun Sep 7 23:13:32 1997

Dizem que a antena 3 presta um serviço publico, nomeadamente ao interior do país, levando a dita música "comercial" ao Portugal Profundo.

Então e nós.... uma imensa minoria espalhada pelas Urbes Lisboa e Porto??????

Será que por habitarmos em zonas urbanas não somos merecedores do nosso "Serviço Público"!!!!!?????!!!!!

Penso que falo por muitos quando afirmo que o panorama radiofónico Português regrediu anos Luz desde que esta decisão foi tomada!!!


Por: Telmo Azevedo Fernandes - telmo@etc.pt
Sun Sep 7 14:28:42 1997


Lembrava a Ana Cristina e o António Sérgio nas páginas do Grande Delta e do Espanta Espíritos on-line citando Fernando Pessoa:


"Toda a arte é uma forma de literatura, porque toda a
arte é dizer qualquer cousa. Há duas formas de dizer -
falar e estar calado. As artes que são literatura são as
projecções de um silêncio expressivo."


A Equipa da XFM vai mantendo convosco um "silêncio expressivo".

O facto de não surgirem mensagens dos animadores neste Forum não significa que a equipa esteja de braços cruzados ou que esteja menos atenta ao que se passa na Internet, e agora fora dela.
A prova mais cabal disto mesmo é o facto de estarmos a organizar os festejos para o próximo dia 11 de Outubro, primeiro evento promovido pela AIM.

A X vai voltar!


Por: Vitor Junqueira - VitorJ@ip.pt
Sun Sep 7 11:31:40 1997

De vez em quando poderia surgir um comentário de algum animador...

Já nem a Sarah vem ao fórum...

A posição deles também poderia ser importante, principalmente neste momento em que parece começar a haver uma ruptura entre a comunidade de ouvintes, com aqueles que defendem apoios do Estado e os que não.

Alguém os traga ao fórum!

Vitor Junqueira

PS: muitos assustam-se com a palavra cultura. Contra-cultura é mais giro, soa melhor. Mas não se esqueçam que, em muítos países, é o próprio Estado que também fomenta a chamada 'contra-cultura'... Não sejam tão politicamente correctos...


Por: Mafalda - nop26631@mail.telepac.pt
Sat Sep 6 18:44:22 1997

A X faz falta como alternativa. Não se enquadra (felizmente!) na 'cultura dominante', em que não incluo só formas 'sérias'!
Volta depressa X- De preferência com emissões para todo o país, para não nos separarmos nas férias!

As sugestões 'on line' animaram-me. Agradecimentos muito especiais à Ana Cristina e ao António Sérgio


Por: manuela pires da fonseca - m.fonseca@ucl.ac.uk
Sat Sep 6 15:43:50 1997

O exemplo do PFeliciano sobre as novas estacoes de metro e' muito elucidativo: aquilo e' a arte subsidiada pelo Estado. E' muito bonita, mas representa os canones artisticos estabelecidos, e nao o espirito de contracultura da X. (Parentesis: penso eu que nao seja o espirito da Xfm, porque infelizmente a equipa X nao tem tido tempo para vir a este forum partilhar connosco o que lhe vai pela alma ou cabeca...).

Perdemos tempo a discutir se a Xfm e' ou nao cultura, porque este e' um termo lato. O que estava em causa era o apoio estatal. Atencao que falamos dum pais que nao tem uma orquestra sinfonica decente... E, logicamente, so' pode haver "contracultura" se houver "cultura", ou nao?... Isso de meter tudo no mesmo saco parece-me uma grande promiscuidade... O mercado discografico e' poderosissimo, e e' obvio que vai tirar grandes proveitos de uma X. Voces ai' tem um publico fiel, ausencia de concorrencia (ao contrario da X londrina...) e um mercado que nunca foi explorado: eu acho e' que falam de barriga cheia por nao terem os outros 999 caes ao osso... Ha' poucos ouvintes? Entao pensem em estender as emissoes ao resto do pais; decerto tera' mais efeitos que o bater na mesma tecla de que "somos poucos, mas bons". Alias, parece que esta' provado que o que havia era falta de gestao e marketing: em dois meses descobriu-se que afinal a Xfm e' "nao so' economicamente viavel como apetecivel".
Somos todos muito cultos, mas deixem la' os subsidios para quem precisa...

Aqui, a musica alternativa e' conhecida por musica "indi". "Indi" de "independent".

manuela.


Por: António Bob M. Santos - pcl42728@alfa.ist.utl.pt
Sat Sep 6 0:16:26 1997

Espero que continue a luta on-line e que se façam esforços sérios para não deixar morrer o espírito da X. Comigo, podem contar!