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    Paróquia de Carregosa: missão em São Tomé

    Para fazer sorrir uma criança ou um idoso


    Pelo terceiro ano, no Verão, a paróquia de Carregosa, da Vigararia de Arouca e Vale de Cambra, estará em missão em S. Tomé.
    Mais do que um regresso a São Tomé e Príncipe, trata-se de continuar o que há já alguns anos vimos realizando de missão junto das povoações santomenses. “A missão brota do sentido Cristão de estender a mão aos mais necessitados, partilhando os sentimentos que havia em Cristo, que nos estendeu a sua vida para nos salvar. Este estender da mão não é só de bens materiais, que também levamos, como vem sendo habitual e tão preciosos são. Mas sobretudo, bens Espirituais e humanos, pois aqui também nós precisamos e eles têm muito para dar” salienta o pároco de Carregosa, padre Artur Pinto. Por isso, a Missão realizada pela Paróquia de Carregosa em terras santomenses, volta-se sobremaneira para a vertente da formação intelectual, humana e Espiritual.
    Este ano, o grupo dos “missionários” terá, acrescenta o sacerdote, “um total de treze, seis da Paróquia de Carregosa, cinco da paróquia de Espinho, um do Pinheiro da Bemposta e outro de Cesar. As áreas que iremos cuidar estender-se-ão pelos cuidados médicos, pela formação escolar nas escolas de Santa Catarina, distrito de Neves, onde ficamos instalados, pela continuação da formação das educadoras de infância do Jardim-de-infância “O Pimpolho” e pela formação das auxiliares do Lar São Francisco”.
    Quanto à escolha de São Tomé e não dirigir os esforços para outras paragens, como o Haiti ou outro sítio que tenha ultimamente sofrido com os desastres naturais que assolaram diversos cantos do nosso planeta, o padre Artur Pinto adianta que “é conhecida por todos a necessidade que estes recantos do globo precisam e quanto são esquecidos. É este esquecimento que não pode acontecer entre nós, caso contrário, tudo o que até agora foi conseguido iria regredir com consequências desastrosas para a população dependente deste nosso/seu projecto. Não podemos parar. Seria pior do que um terramoto na vida de quem trabalha na carpintaria ou na costura, para as crianças que estão no jardim de infância ou para os idosos no lar e para todos os colaboradores santomenses que têm o seu ganha-pão graças à Missão. Não desejamos criar dependências, mas este ainda não é o momento de partir para outra Missão.
    E acrescenta: “O nosso desafio é simples: vamos fazer sorrir uma criança ou um idoso. O que fazer? Nada mais simples, um caderno, um lápis ou uma caneta, um pacote de arroz ou massa, sabão ou detergente… nada mais simples, basta um pouco de vontade”.
    A concluir, o padre Artur Pinto deixa uma mensagem. “Bem sabemos que pudemos contar com todos. O povo das Neves, a Missão da Irmãs Franciscanas Hospitaleiras contam convosco, porque este é um trabalho que podemos fazer”.