Na festa litúrgica dos Beatos Francisco e Jacinta Marto, celebrada no dia 20 de Fevereiro, quarenta e um alunos de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) do Agrupamento Vertical Manoel de Oliveira (8.º e 9.º ano) e da Escola Secundária Garcia de Orta (8.º, 10.º e 11.º ano), ambas no Porto, participaram numa visita de estudo a Fátima.
O objectivo desta visita era seguir os passos dos pastorinhos de Fátima, ver como viviam e como o acontecimento das aparições do Anjo e de Nossa Senhora os transformaram e mudaram a história de Portugal. Pretendia-se, também, viver um dia de aventura, fazendo caminhada na natureza.
Foram acompanhados pelo docente de EMRC, que lecciona nas duas escolas, e por um elemento do Conselho Executivo da Escola Manoel de Oliveira.
Para a grande maioria destes alunos a visita de estudo a Fátima não era novidade, pois já haviam participado numa visita igual, quando frequentavam o 2.º ciclo do ensino básico. Contudo, as idades são diferentes e a percepção da história, dos acontecimentos de Fátima e dos locais onde viveram os videntes é completamente diferente.
Chegados à Cova da Iria, pelas 11h, fizeram uma primeira paragem junto à azinheira grande e tiveram um tempo livre para oração individual na Capelinha das Aparições. Depois foram até à igreja da Santíssima Trindade, ouvindo com muita atenção a explicação dos símbolos presentes no novo templo: 12 portas com o nome dos Apóstolos, a grande porta que é Jesus, os painéis dos mistérios do Rosário, a nova cruz alta. Dentro da igreja, ficaram maravilhados com o mosaico bizantino no altar mor e perceberam o significado do crucifixo.
Após esta visita foram até à estátua do Papa João Paulo II e pararam junto do memorial do Muro de Berlim e da sua ligação ao «segredo» de Fátima. Antes do almoço, visitaram a basílica de N.ª Sr.ª do Rosário, onde estão sepultados os videntes de Fátima, rezando junto do seu túmulo.
A parte da tarde foi mais radical. Fizeram a pé o Caminho dos Pastorinhos, que liga a rotunda sul até ao Calvário Húngaro. Cheios da energia própria dos adolescentes subiram o caminho, parando junto ao monumento que assinala a aparição de 19 de Agosto de 1917. Aqui foram motivados a viver o espírito quaresmal oferecendo um pequeno sacrifício: alguns foram em silêncio, uns não quiseram ouvir música e outros iam sozinhos pelo percurso.
No Calvário Húngaro tiraram a fotografia de grupo e contemplaram as vistas que daí se vislumbram. A aventura a pé percorreu também a Loca do Anjo, as casas dos videntes e a igreja paroquial, onde foram baptizados. Por fim, diziam entre si: «nunca andei tanto, mas valeu a pena!», «isto sim... é radical...», «foi bué de fixe». (Sérgio Carvalho)