1. A Missa do dia de Páscoa deve celebrar-se com a máxima solenidade. Todos os recursos expressivos aptos a criar e intensificar um clima de alegria e festa, são hoje chamados a dar o seu máximo contributo à celebração da Igreja: música (retoma-se o canto do Aleluia e do Glória), iluminação, decoração floral, paramentos... Em lugar do acto penitencial, é muito conveniente fazer a aspersão com a água benzida na Vigília (ver Missal Romano, p. 1359ss). Durante a aspersão, cante-se um cântico de índole baptismal. Com a mesma água benta convém encher os recipientes (pias) que se encontram à entrada da Igreja.

2. O círio pascal tem um lugar de destaque, junto do ambão ou do altar. Acenda-se ao menos em todas as celebrações litúrgicas de uma certa solenidade neste tempo, tanto na Missa, como em Laudes e Vésperas, até ao Domingo de Pentecostes. Depois há-de transferir-se para o Baptistério onde será mantido com toda a honra para nele se acenderem as velas dos novos baptizados. Nas exéquias o círio pascal deve colocar-se junto do féretro, para indicar que a morte do cristão é a sua própria Páscoa.

3. Mesmo onde se mantém o costume da «Visita pascal», deverá recordar-se que a Missa do Dia de Páscoa é o ponto culminante da celebração cristã da ressurreição. Merece também um lugar de destaque na tradição litúrgica a celebração das Vésperas da Ressurreição, eventualmente com procissão ao Baptistério durante o cântico evangélico. Tanto a Missa, maximamente solenizada, como o Ofício de Vésperas se poderão conjugar com a tradicional «recolha do compasso» numa celebração popular marcante.

4. Sugestão de cânticos: Entrada: O Senhor ressuscitou, F. Santos, BML 75/76, 54 ou BML 41, 16 ou M. Luís, NRMS 25; Ó Páscoa gloriosa, F. Santos, BML 36, 8; N.C.T. 175; O Senhor ressuscitou, F. Santos, B.M.L. 75/76, 54; Salmo Resp. : Eis o Dia que fez o Senhor, F. Santos, BML 36, 14; N.C.T. 181; Sequência: os cristãos entoem, M. Faria, BML 46, 8; Victimae paschali, c. greg., N.C.T. 202; Aclam. ao Ev. : Cristo, nossa Páscoa, F. Santos, BML 26, 19; F. Silva, N.C.T. 186; Ofertório: A terra tremeu, F. Santos, BML 56, 12; Comunhão: O Teu corpo, F. Santos, BML 24, 16; Sempre que comemos o Pão, F. Santos, BML 12, 5; Final: Pai, Tu chamaste, F. Santos, B.M.L. 6, 7; Vésperas solenes do Domingo da Ressurreição: F. Santos, BML 31, 12. Missas com crianças: Entrada: Eis o dia da ressurreição, F. Santos, B.M.L. 11, 7; Salmo Resp: A terra inteira aclame, F. Santos, B.M.L. 58/59, 17; N.C.T. 185; Aclam. Ev. : Cristo nossa Páscoa, F. Santos, B.M.L. 11, 8; N.C.T. 189; Comunhão: Ressuscitou o Bom Pastor, B.M.L. 58/59, 35; N.C.T. 199; Aclamações da Anáfora: B.M.L. 58/59, 23-26.
Apesar desta abundante repertório de cânticos, não podemos esquecer que entramos no tempo dos instrumentos musicais que exprimem a vibração de toda a criação. O órgão ocupa o primeiro lugar. Mas poder-se-ão usar outros instrumentos (salvo os vinculados à música rock, de folclore ou divertimento). Os instrumentos podem intervir a solo à Entrada, Ofertório, Comunhão e Fim.