Duas dezenas de padres da cidade do Porto deslocaram-se a Baião em passeio de convívio anual, tendo sido acompanhados por D. Armindo Lopes Coelho, Bispo do Porto, e D. António Carrilho, bispo auxiliar. A Quinta de Tormes, o mosteiro de Ancede e a Casa do Lavrador, da Associação Cultural e Recreativa de Santa Cruz do Douro foram lugares inesquecíveis, devidamente explicados pela D. Maria da Graça, pelo Prof. Artur Borges, vice-governador Civil, e pelo Dr. Manuel Pereira Cardoso.
O dia foi de convívio, na linha da visita que foi feita no ano passado à terra de Teixeira Pascoais, Amarante, mas tratou-se de um encontro de muito interesse cultural e mesmo de partilha pastoral.
No auditório da Fundação Eça de Queirós, Pereira Cardoso, em três notas, mostrou Eça no seu percurso de vida "errante" e no devotamento de tentar "resolver" o conflito entre a Cidade e as serras, o Douro em estado de abandono. E apresentou a Fundação, nascida da alma de um neto de Eça que soube acolher a orientação de D. António Ferreira Gomes, Bispo do Porto, e realizar o sonho de Jacinto procurando tirar o meio rural da sua "miséria imerecida". E assim, como disse D. Maria da Graça, "a força da Fundação vem do Evangelho" e, se aos homens for impossível dar-lhe continuidade, é nas mãos da Igreja que fica colocada... "por isso me dá uma alegria imensa ter aqui, hoje a vossa visita".
O almoço foi na Casa do Lavrador, em Santa Leocádia (?), e seguiu-se uma "sofrida" visita ao mosteiro de Ancede, em degradação por falta de verbas, que não de projecto. Será indispensável, decididamente, apontar caminhos de defesa e restauro do nosso Património, mais do que embarcar em gastos supérfluos tão ao gosto dos tempos que correm.