A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) realiza em Fátima, de 5 a 8 de Maio, a sua 153ª Assembleia Plenária. No discurso inaugural, D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa e presidente da CEP, deixou claro que "a defesa dos direitos estará comprometida quando os deveres de todos e cada um não forem responsavelmente assumidos". Estas ideias estão na génese de um projecto de "Carta Pastoral" sobre moral social, que trata das "exigências sociais no viver moral dos cristãos."
D. José Policarpo não deixou de referir que esta "é a primeira vez que nos reunimos depois da perturbação à paz mundial, provocada pela intervenção militar no Iraque, o que provocou por toda a parte uma onda de manifestações e protestos contra a intervenção militar como caminho para resolver a situação de um regime violento e perturbador da paz."
Para D. José Policarpo, é importante vincar que "agora que a voz dos "media" começa a silenciar-se, relegando a situação do Iraque para o silêncio de todos os dramas humanos, a nossa luta pela paz continua, sob a forma da ajuda fraterna e solidária, de luta pela dignidade da pessoa humana e de justeza das soluções futuras, no respeito pela justiça."
O episódio do auto-intitulado "Arcebispo Metropolita" de uma igreja ortodoxa portuguesa (Armando Monteiro), ter aceite "abençoar" a união de dois homossexuais mereceu também uma observação do presidente da CEP, com o objectivo de evitar mal-entendidos. D. José Policarpo quis deixar claro que "essa auto-proclamada igreja ortodoxa de Portugal, não é reconhecida por nenhum dos Patriarcados Ortodoxos com quem estamos em diálogo ecuménico" e "não têm nada a ver, nem com a Igreja Católica, nem com as Igrejas Ortodoxas com quem estamos em diálogo e cuja dignidade, confirmada por uma longa tradição, é também ofendida." (Inf. Ecclesia)