Dois livros sobre a Paróquia da Senhora da Conceição (Porto)
Integrado no conjunto de realizações comemorativas dos 6o anos da fundação da paróquia da Senhora da Conceição (ao Marquês, no Porto), realiza-se em 5 de Dezembro, segunda-feira, uma sessão de apresentação de duas edições sobre a história e a simbologia iconográfica da igreja paroquial, que se encontra a receber obras de restauro e beneficiação.
As obras a apresentar são: Passos da vida de Maria segundo os vitrais da Igreja da Senhora da Conceição, da autoria de D. Carlos Azevedo (que foi pároco daquela comunidade e actualmente Bispo Auxiliar de Lisboa). A apresentação será feita pela Irmã Maria Amélia Costa.
A segunda obra é Em louvor da Imaculada: a Igreja da Senhora da Conceição no Porto, da autoria de Virgílio Seisdedos, colaborador da paróquia. A apresentação desta obra será feita pela arquitecta Domingas Vasconcelos. A sessão de apresentação será pontuada com momentos musicais pelo organista Pedro Monteiro e pela soprano Ana Rosa Santos. O acto decorrerá na cripta da igreja, e contará com a presença dos autores das obras.
Revista Acção Médica lança livro sobre Pedro Hispano (João XXI)
A Associação dos Médicos Católicos Portugueses, através da sua revista Acção Médica, vai publicar um livro sobre o cientista português Pedro Hispano que foi Papa com o nome de João XXI, um das figuras mais notáveis do século XIII. Notabilizou-se como médico, filósofo, teólogo, como mestre universitário e, naturalmente, como Papa. Este livro nasce de um ciclo de conferências sobre Pedro Hispano, proferidas pelo Dr. A. M. Meyrelles do Souto, entre Setembro de 2001 e Maio de 2002, na Sociedade de Geografia de Lisboa.
A apresentação e lançamento oficial do livro realizar-se-á em 17 de Dezembro de 2007 na Sociedade de Geografia de Lisboa, Rua das Portas de Santo Antão, Lisboa, às 18 horas.
Um livro inspirado em Sophia
É conhecida uma história infantil de Sophia de Mello Breyner com o título A menina do mar. Como O Principezinho de Saint Exupéry, sendo para crianças a obra é essencialmente para adultos. Porque as melhores histórias para adultos são as histórias para crianças.
Nuno Higino foi beber inspiração aos textos de Sophia, e acaba de escrever uma história para crianças que tem como personagens uma maçã, um gusano e a menina do mar, que tem por título A maçã vermelha, e por subtítulo Viagem à infância de Sophia de Mello Breyner Andresen. Todo gira em torno do encontro, da partilha, da sensibilidade e da beleza inesperada das pequenas coisas da natureza. O diálogo entre o gusano e a maçã, que cresce a aguarda a chegada do verão propicia múltiplas reflexões sobre a vida e o saber partilhá-la. Vale a pena registar algumas dessas frases: gosto de interrogar as pessoas quando estão tristes; [Um sábio] é uma pessoa que olha as coisas como se elas acabassem de nascer (também por aqui ressoa a voz de Sophia); as histórias aproximam as coisas das pessoas e as pessoas das coisas; Prefiro que more nos meus olhos: assim posso vê-la todos os dias. E a interrogação: Porque é que esta menina toca as coisas com as palavras e elas movem-se?. É a última interrogação e a última frase da história. A menina é certamente A Menina do Mar, da Sophia. É ao seu bisneto Ricardo que o livro é dedicado, o qual quando aprender a ler as hitórias da bisavó entrará nelas e nunca mais quererá sair.
Nuno Higino (texto), José Emídio (ilustração), A maçã vermelha, Viagem à infância de Sophia de Mello Breyner Andresen, Porto, Lertras e Coisas, 2006, 51 p.
Donde nascem as águas?
Um livro de Teodoro A. Mendes (o leitor pode ler um texto seu no número de VP de 14 de Novembro, p 12) recolhe textos e reflexões sob o título Água da nascente. O subtítulo sugere a intencionalidade da obra: Descobrir Deus na cidade. O volume inicia-se por um prefácio de D. Eurico Dias Nogueira, Arcebispo Primaz emérito de Braga. Como seu conterrâneo beirão, de Pampilhosa da Serra, afirma-o presente na retina dos olhos e no íntimo do coração.
Como nota o prefaciador, muitos destes textos foram temas de meditação lidos na Rádio Renascença (como acontece também com textos de Mário Salgueirinho), e apresentam-se tanto pela forma de prosa como sobretudo de uma poesia discursiva, em que se acentua o aspecto meditativo sobre as condições e os drmamas da voda humana, procurando despertar para a descoberta e vivência da fé no quotidiano. Os temas tanto são intimistas (Os meus passos nos teus passos, as margens e o leito do meu rio), como solidários e orientados para partilha da vida e da condição humana ( Passos que seguem a Deus, procura fazer alguém feliz, a generosidade não é uma injustiça).
Podemos todos seguir um dos seus conselho: Cumpramos pois os nossos destinos, na certeza de que no plano de Deus todos somos precisos, e importantes.
Teodoro A. Mendes, Água da nascente, Descobrir Deus na cidade, ed. Paulus, Lisboa, 2004. 158 p.