O recém-ordenado, no dia 6 de Julho, Padre Amadeu Francisco Monteiro Teixeira escolheu como lema a frase de Pedro (Jo 21, 17): Senhor, Tu sabes tudo; Tu bem sabes que te amo.
Sob este lema pessoal, Amadeu Teixeira celebrou festivamente a sua Missa Nova na Igreja Paroquial de Lufrei, em Amarante, no Dmingo, dia 13 de Julho.
A esta celebração litúrgica acorreu um número incalculável e imprevisto de pessoas: familiares, conterrânaeos, convidados, amigos, colegas e simples curiosos...
As autoridades civis e religiosas marcaram também presença, confirmando mais uma vez que é possível e salutar a coabitação entre o poder político e as estruturas religiosas.
Destacava-se a presença do vice-presidente da Câmara, o Presidente da Assembleia Municipal, os autarcas da fregusia, o Reitor do Seminártio Maior do Porto, Cónego Jorge Cunha, o representante episcopal das vigararias do alto Tâmega, o vigário da vara, os párocos da vigararia, os Párocos de Paredes e de Santo Tirso, pessoas das localidades onde fez estágio o novo padre, e muitos outros.
A homilia, muito aguarda, foi bem delineada. Com o texto da primeira leitura do profeta Amós a servir de mote, foi muito logicamente elaborada, metódica, racional, cuidada e sóbria, com uma mensagem directa para uma assembleia que, embora heterogénea, manifestou conhecimento e compreensão.
A população de Lufrei viveu um momento alto da sua história. A par das cerimónias religiosas, houve ainda festa popular, já que, como diz a Carta aos Hebreus, o Padre é aquele que sai do meio do povo para se colocar à sua frente como pastor e guia. A missão do Padre é ser profeta, pastor e instrumento de santificação.
Como profeta, tem de acreditar o que lê, ensinar o que crê, praticar o que ensinar. Como pastor, sabe bem que o padre dos nossos dias não pode já mais esperar calmamente no redil pelos eu rebanho. Ele tem de ir procurar onde se encontra, mesmo que seja em terrenos pantanosos ou inóspitos, sob pena de não conseguir reunir as ovelhas, muitas vezes tresmalhadas, não por falta de referências, mas por falta de valores. Um rebanho disperso, porque não ouve o chamamento do pastor, é presa fácil dos lobos: sobretudo dos lobos do poder, da corrupção, da mentira, da vingança, da malvadez, do materialismo, dos anti-valores, do anti-respeito, de vale tudo, do salve-se quem puder.
É por isso que assistimos a coisas a que nunca pensávamos assistir; que vemos o ouvimos coisas que nunca pensávamos ouvir. Por isso vemos esta velha Europa, humanista e humanitária, centenária ou mesmo milenária do cristianismo, cheia de medo, de hesitações, de vergonha para assumir o sue passado histórico.
Vil é o povo que renega ou não conhece o seu passado histórico.
Por isso, numa atitude de súplica, diríamos: "Dai-nos. Senhor, mãos ungidas que nos guiem" É destes homens de mãos ungidas, que saíram do meio do povo, que o povo agora espera e precisa.
Mas somos homens de fé e de esperança. Por isso esperamos que aos pastores como o P. Amadeu Teixeira ser-lhes-á fácil reunir o rebanho, por muito disperso que esteja; porque, apesar de jovem, sabe lidar com situações difíceis e de recurso.
São estes os votos que a maioria da população de Lufrei reconhece e sinceramente deseja. Bem haja!
(Inf. de Artur Barbosa Ribeiro)