Albertino Costa
O homem vive para amar e ser amado. Esta verdade para nós cristãos, não é entendida em toda a sua extensão pelo comum dos mortais.
A sociedade não tem tempo para pensar. Prefere continuar a alienar-se. Procura o prazer imediato e não se preocupa com as consequências que dai possam advir, porque quando não forem as que esperam, inventa-se uma escapatória.
"Os primeiros cristãos distribuíam os seus bens pelos pobres e davam testemunho de que era possível uma convivência pacífica e solidária, apesar das diversas proveniências sociais".
Tudo o que está à minha volta tem de me proporcionar prazer. Se não der, rejeita-se, dê lá para onde der.
Terei sempre de ficar bem.
Como estamos longe dos ensinamentos do evangelho! " Como quereis que os outros vos façam, fazei também vós a eles".
A nossa mesa tem de ser farta. Damos aos outros as migalhas que caem da mesa... Vamos à igreja, mas não estamos dispostos a contribuir com o que devemos para ocorrer às necessidades da comunidade paroquial. Falta-nos coragem e confiança em Deus. Ele é Pai e quer que os seus filhos se ajudem e vivam felizes.
Há na sociedade uma falta de discernimento muito grande. Não há a preocupação em descobrir o que é, para cada um, o bem ou o mal. Hoje não se respeita e não se aceita quem não comungar das minhas ideias. Cada um quer ter e quer ser, não se preocupando se o orgulho e o egoísmo causam mal estar nos que o rodeiam e que com ele convivem.
O bem é tudo o que me dá prazer! O mal é tudo o que eu não gosto, não quero, me magoa, ou não estou disposto a aceitar.
"Amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca." Na vida há a preocupação de fazer a vontade ao corpo. Se tenho fome, como; se sono, durmo; se me apetece beber, embebedo-me; se drogar, drogo-me; se prostituir-me, prostituo-me. Não era isto que eu queria... mas a minha mulher... mas o meu marido... mas os meus filhos...mas e tu, onde estás? O que fazes, está tudo certo?
Esta é a vida mesquinha da maior parte da sociedade, que não chegam a sentir prazer em viver. Morrem e nem rasto deixam...
Na realidade, o que devo fazer da minha vida para ser útil à sociedade? O que devo fazer para ser amado pelos outros?
A Igreja tem o dom de ajudar a encontrar respostas para todas as dúvidas e indecisões. O homem vive crescendo em estatura. Se quer ser um empregado eficiente, um empresário, um professor, um cristão, não pode em fase alguma da sua vida decidir parar. A salvação encontra-se na forma como cada um vive o seu trabalho, a sua profissão, a sua religião, o seu casamento, a sua vida em sociedade.
"Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se praticais o que vos mando". Jo 15,12-14.