O amor é uma prática e não uma teoria

Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.
1.ª Carta de S. João 4, 16

No domingo, 12 de Novembro, participei com um grupo de jovens num encontro do Movimento Juvenil Salesiano, subordinado ao tema “O importante vê-se com o coração”. A faixa etária dos jovens andava pelos 15-17 anos, frequentando o ensino secundário.
Uma das dinâmicas foi sair do Colégio dos Órfãos, onde decorria o encontro, até à baixa da cidade do Porto, para realizar entrevistas de rua aos trauseuntes.
Divididos em grupos de dois ou de três, mais de cinquenta jovens calcorrearam a Rua de Santa Catarina, procurando quem, amavelmente, lhes quisesse responder ao questionário: “O que é para si amar?”; e quais as tentações e dificuldades em que cada um cai realtivamente à acção de amar.
Tirando as dezenas de pessoas que “fugiram” assim que os jovens se lhes dirigiam, algumas dezenas quiseram contribuir para este trabalho, recolhendo respostas surpreendentes, como “amar é como pegar fogo a uma casa” e “amar é como saltar de um avião, puxar o páraquedas e ele não abrir”.
Uma conclusão foi tirada por todos: é muito difícil falar do amor e do que é verdadeiramente amar. Todos caem nas tentações de confundir o amor com possessão, obssessão e ciúme. Também foi impressionante a capacidade de abertura e de partilha de muitos jovens ao referirem exemplos da sua vida concreta.
O certo é que, mais do que conseguir respostas, eles aprenderam que o amor vive-se e não se formula, é uma prática e não uma teoria. Conseguiram, também, demonstrar e reconhecer que em Jesus Cristo têm o modelo e os exemplos concretos do que é amar, porque só Ele é o verdadeiro amor.

Sérgio Carvalho
sergio.carvalho77@gmail.com