A festa, religiosa e profana, realiza-se em honra do Divino Salvador, que se venera na sua Capela na Praia de Valadares. A exemplo de anos anteriores também este ano rejubilou e encantou os muitos forasteiros que ali afluíram por devoção ou atraídos pelo deslumbrante panorama onde a terra acaba e o mar começa. Os altares da capelas estavam lindamente ornamentados. O seu ponto alto foi a celebração da Missa animada pelo Grupo Coral de Cristo Rei, ao qual se juntaram elementos de outros grupos: Uma Secção dos Bombeiros prestou a guarda de honra ao Divino Salvador que para além de ser o padroeiro da freguesia é o também dos Bombeiros. A procissão com três andores, Cruz Paroquial, Anjinhos, Acólitos, Bandeiras, Umbela sob a qual o Pároco transportava o relicário com o Santíssimo Sacramento, seguido das Autoridades Administrativas, dos Bombeiro, das Colectividades, Banda Musical Paramense de Espinho e fiéis. Na frente seguia a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Valadares. Depois de percorrer algumas ruas citadinas com os andores virados para imenso Oceano, onde outrora os pescadores entravam e saíam do mar. Ali o Pároco rezou uma oração que terminou com o Pai-nosso, Ave-maria e Glória.
Quem não se lembra do Sr. Remião, o pescador? Refiro-me aos anciãos, como é óbvio. Ele salvou muitos seres humanos de morrer afogados até o intitularam o lobo-do-mar. Não é por acaso que naquela orla marítima existe uma rua em sua memória.
No palco estiveram a Banda de Música, Conjunto Musical. Francisco Bica, com os seus 78 anos e a bons pulmões, apregoou o leilão dos donativos.
Na parte profana havia diversões para crianças e adultos, com barracas de comes e bebes e de feirantes. O fogo de artifício apresentou um lindo cenário luminoso. Parabéns aos mordomos, pela solenidade festiva que apresentaram.
O Divino Salvador / Lá do seu altar / Abençoa a terra / E o imenso mar/. O Divino Salvador tem / O mundo numa mão/ Com a outra indica-nos o céu / Que é nossa salvação/
(Manuel Augusto de Carvalho).