Fátima Malça
Mãe,
Não levantes o cutelo
Para me despedaçar,
Enfrenta esse duelo
Que faz lei para matar!
Deixa meus olhos abrir
Para contemplar os céus
E te dizer, a sorrir,
Que outros não há como os teus!
Quero dormir sossegado
No berço do teu amor,
Onde vivo aconchegado
Sem sobressalto ou temor!
Deixa minhas mãos formar,
Ó mãe do meu coração,
Para o teu rosto afagar
Na dor e na solidão!
Dizem-te que não existo,
Mas sou semente a crescer,
Por isso, peço e insisto
Que não me faças morrer!
Mãe,
Quero sonhar e viver,
Cantando como ninguém
A beleza do teu ser,
Obrigado, minha mãe!