Património, realidade viva
A cultura ganha uma nova importância na vida política e económica contemporânea. O desenvolvimento humano não é compreensível nem realizável sem o reconhecimento do papel da criação cultural, em ligação estreita com a educação e a formação, com a investigação e a ciência. O que distingue o desenvolvimento e o atraso é a cultura, a qualidade, a exigência em suma, a capacidade de aprender. O livro que aqui apresentamos contém reflexões de grande relevância e oportunidade produzidas pelo autor, que coordenou as Jornadas Europeias do Património e que presidiu, no Conselho da Europa, ao grupo que elaborou a nova Convenção Quadro do Conselho da Europa relativa ao valor do Património cultural para a sociedade, assinada em Faro em Outubro de 2005 e já ratificada por Portugal. Trata-se de um instrumento inovador da maior importância, no qual, pela primeira vez, se reconhece que o património cultural é uma realidade dinâmica, envolvendo monumentos, tradições e criação contemporânea.
Guilherme dOliveira Martins é Presidente do Centro Nacional de Cultura, ensaísta e docente universitário. Desempenha as funções de Presidente do Tribunal de Contas e foi Secretário de Estado da Administração Educativa, Ministro da Educação, da Presidência e das Finanças. É autor da obra Portugal Identidade e Diferença.
Guilherme dOliveira Martins, Património, Herança e Memória / A Cultura como Criação, Gradiva, 2009
A ovelha terá ou não comido a flor?
Haverá leitura mais agradável e sugestiva para umas férias retemperadoras? Sugerimos, para leitura de férias, esta história do menino que vivia num asteróide, com os seus vulcões em miniatura e a sua linda rosa vermelha e usava um longo cachecol a flutuar ao vento. Um dia ele resolveu viajar e visitou a Terra onde encontrou um grande amigo, que depois contou a história desse menino. Traduzida em muitas línguas foi lida por milhares de pessoas, pequenas e grandes, e também por aqueles que, tendo-a lido quando eram pequenos, voltaram a lê-la na idade adulta. Esta maravilhosa história é considerada um dos grandes clássicos da literatura infantil. Na realidade trata-se de um livro de todos os tempos, inspirador para leitores de todas as idades e de todas as culturas. Foi publicado pela primeira vez em Nova Iorque, em 1943. Apresentamos a sua 29ª edição.
Antoine de Saint Exupéry, O Principezinho (com aguarelas do autor), Editorial Presença, 2008
Um apelo à consciência ecológica
Será possível adoptar um novo paradigma de vida, mais justo, mais modesto e mais humanizado, e participar de maneira mais criativa nas principais decisões que afectem a relação do homem com a Natureza? Será possível vencer a crise ambiental instalada? Será esta crise também uma crise do carácter e da cultura? Um acervo rico de ideias, de reflexões, de informações e de sentimentos configura o conteúdo do livro que apresentamos. Conteúdo que se destaca, ainda, pela originalidade do que propõe. Os pontos de vista e a linguagem dos autores ultrapassam a mentalidade, induzida e tantas vezes preconceituosa, corrente nas nossas sociedades industriais e tecnológicas. Não alinham eles pela idolatria das novas tecnologias, pela adesão acrítica à modernização, pela ciência neutral, sem mais supostamente benfeitora da humanidade, nem sequer pela eficácia inquestionada da economia de mercado. Caracteriza, pois, este livro o sentido crítico perante tantas ideias feitas que têm gerado informação pouco rigorosa e/ou mal digerida pela maioria e muito bem aproveitada por minorias oportunistas de bem-pensantes. Livro útil ao número cada vez maior daqueles que pensam a relação da nossa sociedade com o ambiente natural em que se insere e que se esforçam por que essa relação seja harmoniosa e respeitadora.
Bill Devall doutorou-se em Sociologia pela Universidade de Oregon, nos Estados Unidos. Estudou a organização social, as perspectivas políticas, a psicologia e a filosofia dos movimentos ambientalistas. Participa nalguns dos mais activos grupos ecológicos, pratica o pedestrianismo e privilegia a vida ao ar livre. Georges Sessions, licenciado em Filosofia e docente universitário na Universidade da Califórnia, é entusiasta do alpinismo e do montanhismo. Pertenceu a uma das mais importantes organizações americanas de conservação da Natureza.
Bill Devall e Georges Sessions, Ecologia Profunda / Dar Prioridade à Natureza na nossa Vida, Edições Sempre-Em-Pé, Outubro, 2004