[ Diocese ]



    Colaborador Paróquia de Nossa Senhora da Areosa

    Morreu o nosso Padre Benjamim!


    "Um Filho do Imaculado Coração de Maria
    é um homem que arde em caridade
    e abrasa por onde passa."

    Santo António Maria Claret


    António Benjamim Fernandes, mais conhecido pelo Padre Benjamim, pertencia à Congregação dos Missionários do Coração de Maria (Claretianos), fundada por Santo António Maria Claret, e neste momento fazia parte da Equipa Sacerdotal presente na Comunidade Paroquial de Nossa Senhora da Areosa, na qual desempenhava a função de Colaborador Paroquial.
    O “nosso” Padre Benjamim, não se admirem deste tratamento carregado de ternura, pois o relacionamento que temos com os sacerdotes que vivem nesta comunidade é verdadeiramente familiar e, além disso, a sua maneira de ser, carinhosa compreensiva, sempre sorrindo com imensa bondade e mansidão deixou em todos nós uma mágoa profunda que só se dilui na esperança da sua felicidade nos braços do Pai de quem ele era a imagem na terra
    Nasceu a 15 de Outubro de 1931 na freguesia de Penalobo, concelho de Sabugal, distrito e diocese da Guarda, Entrou no Seminário Menor das Termas de S. Vicente, Penafiel, em Setembro de 1944. Cursou Filosofia, em Espanha, em Jerez de los Caballeros e Zafra, e Teologia em Zaffra e Valls, Tarragona, Catalunha, sendo ordenado Sacerdote, a 7 de Setembro de 1957.
    Passou por vários locais do nosso país, tendo partido para S. Tomé e Príncipe, onde esteve 17 anos.
    A partir de Setembro de 1983, passou a fazer parte da Comunidade do Porto. Começou a trabalhar na Paróquia Experimental de Nossa Senhora da Areosa, desta diocese.
    E, segundo referiu o próprio Padre Benjamim, o acontecimento mais marcante, nesta Paróquia, foi o acolhimento maravilhoso que teve por parte do Padre Maia, membros da Comunidade Religiosa da Rua de Costa Cabral e pelos Paroquianos.
    Dedicou-se à Pastoral dos Doentes e em Fevereiro de 1985 foi nomeado Capelão do Hospital Rodrigues Semide; depois, quando este hospital foi desactivado, passou a exercer o seu carisma de viver para os doentes, numa total dedicação, no Hospital de Santo António, onde trabalhou até ser aposentado, aos 70 anos. Em 1994, quando trabalhava neste hospital, lança o seu livro intitulado “Diário (Ao ritmo do coração)” em que fala das suas experiências com doentes e da sua necessidade de se sentiram pessoas numa altura em que se vêm privados de tudo e em meio adverso. “ A presença do Capelão num hospital, junto dos doentes, e não só, vale como um sacramento de Cristo e da Igreja. É sinal da presença de Deus, quando parece mais ausente e distante. Uma presença amiga e reconfortante”.
    Continuou a desenvolver as suas actividades pastorais, na Paróquia da Areosa, como Vigário Paroquial, celebrando na capela da agora Universidade Lusíada e dando apoio no Hospital de S. António e Conde Ferreira, no serviço de fisiatria.
    As suas Bodas de Ouro sacerdotais foram celebradas em festa e os jovens que com ele conviveram nos primeiros anos tinham por ele uma dedicação que não é possível descrever em palavras. Lá estavam a prestar-lhe a última homenagem e foi lindo o que leram no momento de acção de graças da missa do funeral: Bendito seja o que vem em nome do Senhor! / E dá exemplo do seu amor no dia a dia / Nada querendo, tudo dando sem reservas / Justo, carinhoso e bom / Modelo de misericórdia, tolerância e compreensão, / Irmão, amigo, conselheiro. Dos doentes terno consolador / Nossa gratidão eterna por esta grande prova de Amor.