1. Da parábola deste Domingo importa sublinhar a sua actualidade. Não esqueçamos que estamos todos a caminho de Jerusalém, seguindo a Cristo. Da parábola resulta uma ética cristã na qual podemos distinguir três tempos indissociáveis e imprescindíveis: ver; compadecer-se e agir.
2. Os Padres da Igreja, desde Clemente de Alexandria, identificaram o Bom Samaritano com Jesus. Nesta base, a homilia poderá passar da exortação moral ao louvor a Cristo, servindo-se, nomeadamente, do entusiasmo hímnico da 2.ª leitura. A homilia pode também apoiar-se no magnífico Prefácio Comum VIII, de uso recomendado neste Domingo, que tem como título "Cristo, o bom samaritano" (MR, 507).
3. Onde a afluência de turistas estrangeiros é significativa, pode justificar-se um gesto especial de acolhimento e simpatia.
4. Leitores: É notória a estrutura literária da 1.ª leitura: "Escutarás...e com toda a tua alma" - é uma 1.ª secção. O resto do texto é a 2.ª secção. Esta 2.ª parte, tem duas subsecções: "Não está no céu..."; "Não está para além dos mares...". Termina como começa: primeiro de forma negativa ("Este mandamento..."), depois, afirmativamente, ("Esta palavra..."). Procure fazer sempre a interrogação no início da frase. A 2.ª leitura é um poema difícil de ler: frases longas (respiração e sintaxe), palavras difíceis, enumerações, etc. Cuidado com a escolha do leitor.
5. Sugestão de cânticos: Entrada: Senhor, à sombra das vossas asas, F. Santos, BML 47; Eu venho, Senhor, F. Santos, BML 66 = NCT 218; Salmo Resp.: Procurai, pobres, o Senhor, F. Santos, BML 66; Aclam. ao Ev.:As vossas palavras, M. Faria, NCT 239; Comunhão: O Filho do Homem, F. Santos, BML 45; Ditosos os que te louvam, F. Santos, BML 75; BML 21 = NCT 109; Quem come a minha carne, Carlos Silva, NCT 422.