Por toda a diocese, as comunidades envolveram-se em festa com as missas novas, seja nas paróquias de origem ou de estágio pastoral dos novos padres, o que revela bem como o povo estima a opção pelo ministério de presbítero e que já se vai sentindo uma certa carência de padres. De todas essas festas, breves apontamentos, da região de Sobretâmega. Em Setembro, ocorrerá mais larga referência.
As paróquias de S. Martinho de Recesinhos, Penafiel, e Constance, Marco de Canaveses, da 3ª vigararia de Sobretâmega, viveram em festa os dias 17 e 18, Sábado e Domingo, nas missas novas dos padres Mário Henrique Sousa de Melo e António Fernando Pereira Pinto. Milhares de pessoas acorreram para as tradicionais missas de início do Ministério, saudando os novos padres e suplicando a Deus que a sua vida seja cheia de êxito pastoral.
O P. Mário Henrique escolheu como lema da sua vida ministerial: "Seja feita a Sua vontade assim na terra como no Céu". Nascido a 21 de Maio de 1974, filho de Adão Afonso Nunes de Melo e de Maria Rosa Mendes de Sousa, o novo padre frequentou a Escola da sua terra natal, fez depois o ciclo preparatório na cidade de Penafiel e entrou no Seminário do Bom Pastor, tendo frequentado depois a Escola Secundária de Ermesinde. Na Faculdade de Teologia completou os estudos com Licenciatura e Pós-graduação em Teologia Pastoral. Trabalhou nas paróquias de Vandoma e Vila Cova dos Carros (Paredes) e em Campanhã (Porto), tendo feito estágio diaconal em S. Cosme, Gondomar.
Numa celebração campal, o novo padre salientou que Deus quis fazer-se Pai para os homens, tendo acrescentado que assume esta vontade de Deus: «Sou padre e aceito, reconhecendo a minha fragilidade, a grandeza deste ministério que Deus escolheu para mim. Aceito-o com profunda alegria, sem medo e com esperança, certo de que Deus não falha para com aqueles que escolhe. Este ministério é a minha vida, a qual espero que seja sempre feliz.»
A celebração encheu de beleza o parque P. António Soares Moreira e contou com o trabalho dos 27 acólitos e do grupo coral, com os 42 elementos do coral infantil, com a participação dos catequisandos e dos crismados, além dos 13 neo-presbíteros e muitos colegas mais velhos. No chão, havia desenhos em flores executados com todo o esmero e arte, e para os céus esvoaçou uma largada de pombos.
No Domingo, dia 18, foi a vez de Constance, na Missa do P. António Fernando Pereira Pinto. Da casa à igreja de Santa Eulália, eram dois quilómetros de tapete percorridos ao som de foguetes e de palmas, no meio de sorrisos de novos e velhos, e do aplauso de crianças e adolescentes. Mais de trinta elementos animaram o canto numa providencial cobertura que fez de templo, mas não chegou para tanta gente.
Todos somos um pouco de trigo e de joio, mas amados por Deus paciente e pedagogo, que aguarda o florescimento das vocações e apela ao optimismo de abraçar os tempos novos, foi a mensagem. E ela aparece na linha da ordenação, há poucos anos, do P. António Augusto, Dehoniano, e, recentemente, de Adelino Carvalho, diácono permanente.
O P. António, que escolheu como lema "O Espírito do Senhor está sobre mim, que me ungiu e enviou a anunciar a Boa Nova aos pobres", nasceu em 3 de Janeiro de 1974, filho de Joaquim Luís Pinto e de Maria Adelaide Carvalho Pereira. Frequentou a Escola da sua terra, entrou no Seminário Dehoniano em Rio Tinto, estudou em Coimbra do 10º ao 1º ano de Teologia e veio depois para o Seminário do Porto e Universidade Católica onde concluiu licenciatura e Pós-graduação em Teologia Pastoral. Ao longo dos anos foi trabalhando pastoralmente em Vila Boa de Quires e Penha Longa (Marco de Canaveses) e em Campanhã (Porto) mas fez o estágio diaconal na paróquia de Vermoim (Maia).
No Marco de Canaveses, paróquia de Fornos, decorreu na tarde do passado Domingo a Missa Nova do P. Emanuel Bernardo, a que se juntou também o P. J. Carlos Teixeira que ali fizera estágio. Foi uma festa popular e uma grande celebração na igreja de Siza Vieira, em que se juntou o simbólico e a emoção, a alegria de todo o grupo dos novos padres e a serenidade de mais de duas dezenas de outros presbíteros, a presença de autoridades e outras personalidades, o canto das crianças e do grupo coral, a presença de muitos jovens, o som forte do Órgão e a bela sonoridade do carrilhão dos sinos.
Em destaque foi colocada a acção do P. Nuno Higino, o seu apoio a seminaristas e estagiários, a qualidade humana e cristã das gentes do Marco, e também a generosidade da Vocação e a vontade firme de levar o Evangelho às pessoas deste tempo, e a confiança de que Deus escolhe os humildes para realizar, de geração em geração, a Sua obra de Salvação.