[ Especial ]



    Escutismo

    Manter o rumo, seguir a pista


    No próximo dia 22 de Março de 2003, pelas 16 horas, o Corpo Nacional de Escutas (Escutismo Católico Português) - Região do Porto, vai estar de novo reunido na Sé Catedral do Porto. Depois das eleições havidas no passado dia 15 de Fevereiro, vão tomar posse os órgãos regionais - Junta Regional e Conselho Fiscal Jurisdicional Regional - eleitos para o triénio 2003 / 2006.
    A cerimónia da tomada de posse vai ter lugar na Sé Catedral, em unidade e em comunhão com o Bispo, integrada na Eucaristia presidida por D. Armindo Lopes Coelho, Bispo do Porto. Seguir-se-á um Porto de Honra nos claustros da Sé com a presença de todos os convidados.
    O C.N.E., que neste mandato fará na Região do Porto 80 anos de actividade ininterrupta, apresenta-se ontem como hoje, atrativo, jovem e novo, não só nas crianças e jovens dos 6 aos 22 anos que lhe dão corpo, mas também numa nova e renovada equipa que nesta hora toma posse, mantendo o rumo, seguindo a pista com B.P. para servir o C.N.E. na Região do Porto, na continuidade do trabalho realizado e desenvolvido no anterior mandato e que agora levará novo impulso.
    Neste sentido, a mística escolhida para esta tomada de posse é a do peregrino. O Senhor disse a Abraão: "Deixa a tua terra, a tua família e a casa do teu pai, e vai para a terra que Eu te indicar." (Gen 12,1) E Abraão partiu! Tal como Abraão, cada um de nós é chamado a fazer o seu caminho, é chamado a ser peregrino. Peregrinar exige o sair de si mesmo, a ousadia e a aventura, para deixar o conhecido, o adquirido, a segurança, e pôr-se a caminho de um outro lugar, de um tempo novo, fazendo-se ao largo! ("Duc in altum!")
    Peregrinar é pôr-se a caminho com... Peregrinar é caminhar com os outros, em fraternidade e em Igreja. Toda a vida é um caminho; e todo o caminho tem o seu destino. B.P. disse um dia: "Por caminho não quero significar um caminho ao acaso, sem finalidade..." Sabemos bem no C.N.E. para onde queremos ir. Temos "por finalidade a educação integral dos jovens, contribuindo para o seu desenvolvimento, ajudando-os a realizarem-se plenamente no que respeita às suas possibilidades físicas, intelectuais, sociais e espirituais, como pessoas, cristãos e cidadãos responsáveis e membros das comunidades onde se inserem." Estas finalidades concretizam-se na história concreta de cada Escuteiro, numa aventura iniciada pela Promessa Escutista. A atitude de fidelidade a este compromisso, que tem na Lei do Escuta o seu expoente, provoca uma resposta activa, uma resposta que o é a uma vocação e que se revela numa missão: o serviço.
    Compete, pois, neste mandato que agora se inicia, sermos por Sua graça, estes peregrinos de um tempo novo, bem na terra dos homens, comprometidos na construção do Reino de Deus, fixando nela marcas de felicidade, deixando-a "um pouco melhor do que a encontramos". Que Deus nos ajude!

    Carlos Nobre
    * Chefe regional do Porto do C.N.E.