A semana de férias para jovens da ACR (Acção católica Rural), entre 27 de Agosto e 2 de Setembro, teve como tema principal A Ecologia.
Começámos por olhar para o nosso Planeta e concluímos que grande parte dos problemas que o afectam actualmente é causada por nós próprios: poluição dos mares, do ar, dos rios
E para termos uma maior noção de que estes problemas são actuais e reais e trarão graves e cataclísmicas consequências, vimos Uma Verdade Inconveniente, um filme pensado por Al Gore, ex-candidato à Casa Branca, cuja conclusão achamos ser bastante pertinente: é a de que conhecemos as soluções e dispomos de todos os meios para a resolução eficaz destes problemas. Ainda a propósito de tudo isto, fizemos Revisão de Vida, na qual nos comprometemos reduzir o barulho que fazemos.
De seguida, estivemos a reflectir numa das doenças do século: o Consumismo.
De facto, verificámos que todos os dias e a toda a hora somos bombardeados e manipulados pela Publicidade, que nos cria novas necessidades e nos leva a consumir de uma forma fútil, exagerada, inútil e desnecessária. Também neste âmbito fizemos Revisão de Vida, tendo-nos comprometido a não só mudar a nossa atitude face a este problema mas também a sensibilizar e consciencializar as pessoas dos nossos meios que, tal como nós, estão também sujeitas a esta manipulação.
Da Ecologia propriamente dita, passamos à Ecologia Humana, começando por apontar alguns dos nossos lixos. Questionamo-nos, entre outros, o porquê da guerra, da fome, da violência,
e qual a nossa atitude face a isto: se adoptamos uma atitude activa ou passiva. Concluímos que, tal como Jesus no deserto, também nós estamos sujeitos a muitas tentações. Mas, e tal como Ele, também nós devemos conseguir resistir-lhes, para que o Mundo se torne mais equitativo e justo. Assim, fomos tentar perceber de que forma nos poderíamos reciclar. Falámos em particular numa dessas formas: a Reconciliação. Sem dúvida que este Sacramento é um processo de reciclagem humana, na qual recebemos o perdão de Deus, mas também no qual nos comprometemos a não voltar a falhar, tal como Jesus certa vez nos disse: «Vai e não tornes a pecar.».
De seguida, falamos um pouco sobre Maria, madrinha do nosso Movimento. Relembramos as passagens da Anunciação e da Visitação. Sobre a primeira, reflectimos e concluímos que Maria foi a Escolhida de Deus não por ser rica ou famosa, ou de boa família; de facto, Maria pertencia à classe baixa da época e, portanto, era alguém humilde que considerava não ser digna de carregar no seu ventre tão adorável, divina e pura criatura: o Messias.
Acerca da Visitação, fizemos um pequeno trabalho de grupos através do qual concluímos que Maria acreditou, realmente, nas palavras que o Anjo lhe dissera: «E eis que Isabel, Tua parenta, concebeu também um filho na sua velhice
». E Maria não hesitou em visitá-la!...
Claramente que Maria é uma mulher de fé mas também demonstra grande caridade, compaixão e amor pela prima
Assim, também nós devemos ajudar o nosso próximo pois é o maior convite que Deus nos fez e continua a fazer!
Para o fecho da semana, ouvimos e falamos sobre agricultura ecológica, que mais não é que toda a agricultura amiga do Ambiente. Ouvimos o Carlos Neves falar sobre como se pode fazer esta agricultura em nossas casas. Ele próprio possui uma vacaria na qual trabalha e, por isso, pegou no seu próprio exemplo e explicou-nos as técnicas e métodos que utiliza na sua exploração. De seguida, e de forma a contactarmos, directamente, com a Natureza que nos rodeia, fomos visitar uma vacaria dos Monges de Singeverga, junto ao velho mosteiro onde estávamos alojados.
No último dia, foi a despedida
Fizemos uma celebração da palavra na qual cada um de nós entregou o seu compromisso
De uma maneira geral, o compromisso assumido foi o de darmos a conhecer, em todos os nossos meios, tudo aquilo que aprendemos durante esta semana, ou seja, de mudarmos as nossas atitudes e fazermos com que as pessoas também modifiquem alguns dos seus comportamentos face à Natureza e face aos outros, para um Mundo melhor, mais saudável, mais justo, mais igual
Marta Pinho, Nogueira do Cravo