[ Especial ]



    Brasão de Armas da Fé de D. António Carrilho


    De azul, faixa de prata ondada, carregada com uma faixeta ondada de verde, entre três peixes de vermelho bem ordenados, os superiores em cortesia, acompanhada de chrismon de ouro, contido em aro do mesmo, e de estrela de oito pontas de prata. Chapéu negro forrado de verde. Cordões e seis borlas por lado de verde. Listel de branco com a legenda a negro: FAZ-TE AO LARGO. Cruz episcopal de ouro sotoposta ao escudo e ao listel.
    As peças do escudo: a faixa ondada carregada com os peixes representa o mar e os peixes o Povo de Deus. A sua escolha articula-se com a legenda “Faz-te ao largo”, tirada do Evangelho segundo S. Lucas (5,4); simboliza também o mar do Algarve, donde o prelado é natural, e alude à igreja da sua ordenação episcopal: S. Pedro do Mar, em Quarteira.
    A posição dos peixes superiores – em cortesia, isto é voltados um para o outro – é a usual, quando no escudo figura, como é o caso, algum símbolo representativo de Cristo, obrigando a que, por respeito, os animais se voltem para este símbolo.
    O chrismon de ouro representa Cristo, ocupando o lugar mais honroso do escudo, o chefe. Encontra-se dentro de um aro a significar que a acção apostólica do Bispo se orienta para colocar Jesus Cristo no centro do mundo.
    A estrela de prata é por excelência um símbolo mariano, aludindo às padroeiras da Sé de Faro e da Sé e da Cidade do Porto, onde o prelado iniciou o seu múnus como Bispo Auxiliar, e ainda a Nossa Senhora da Piedade, a Mãe Soberana, Padroeira da Cidade e do Concelho de Loulé, donde é natural. Também a Diocese do Funchal é especialmente dedicada à Virgem Santa Maria, tendo-a como Padroeira, sob invocações diversas, 48 das suas 96 paróquias, e a própria Diocese, sob o título de Nossa Senhora do Monte.
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    As Armas de Fé de D. António Carrilho são da autoria do Arq. Segismundo Pinto

    Vivemos e testemunhamos

    Numa das múltiplas e fecundas visitas pastorais do Senhor D. António Carrilho a uma das paróquias desta Diocese, comentava-se: “o sorriso do Senhor Bispo vai de orelha a orelha”. Este singelo, mas magnífico panegírico, saído dos lábios de uma criança, expressa bem a grandeza de alma do Senhor D. António Carrilho.
    Já dizia Aristóteles que a alegria aperfeiçoa a obra e a tristeza corrompe-a. Se estamos alegres, tudo faremos com perfeição, com gosto, com regozijo, sem cansaço, sem desfalecimentos.
    Nós, Equipa Diocesana dos Movimentos e Obras Laicais (EDMOL), ao longo destes seis anos de contacto assíduo com o Senhor D. António Carrilho, somos testemunhas privilegiadas desta alegria contagiante do nosso Bispo Assistente. Uma alegria inseparável da rectidão, da justiça, do bom espírito, da posse de Deus, da exigência do dever.
    O Senhor D. António não pactua com facilitismos; exige-se e convida-nos também a dar tudo o que podemos pela expansão do Reino, com formas actualizadas e até inovadoras.
    Obrigada, Senhor D. António, pelo muito que recebemos e aprendemos, pelos caminhos novos que abriu a este grupo de leigos. Será sempre para nós uma pessoa de referência muito estimada.
    Como eco da sua atitude interior, citamos as palavras do salmista “Correrei pelo caminho dos Teus Mandamentos, porque destes largas ao meu coração” (S.119,32).
    Também nós, D. António Carrilho, tentaremos correr pela rota que o Senhor nos traçar, animados pelo exemplo apostólico do nosso Bispo Assistente.
    Que, ao largo dessa ilha maravilhosa, o Senhor D. António continue a “sorrir de orelha a orelha”. (Pela Equipa Diocesana dos Movimentos e Obras Laicais, Maria Leopoldina Pinho)

    Um trabalho precioso em prol do Laicado e da Família

    Foi com grande alegria que tomei conhecimento da nomeação do novo Bispo do Funchal, e quero antes de mais felicitar cordialmente o Senhor D. António Carrilho como bispo eleito desta Diocese.
    Conheci o D. António em 1999, quando veio como bispo auxiliar para o Porto. Tinha eu então a co-responsabilidade do Movimento dos Focolares na região Norte, e sob o impulso dele começámos imediatamente a trabalhar – juntamente com outros Movimentos da Diocese – na dinamização de uma maior comunhão eclesial entre estas realidades laicais. Desde o primeiro momento foi evidente que esta comunhão era sentida e desejada por todos, mas estou certo que não teria acontecido nos moldes em que se verificou sem o dinamismo, a criatividade e a capacidade de suscitar comunhão demonstradas por D. António Carrilho.
    Dois anos depois vim para Lisboa, onde vivo e trabalho desde essa altura. D. António Carrilho fora entretanto nomeado Presidente da Comissão Episcopal do Apostolado dos Leigos, pelo que não faltaram as ocasiões de colaboração, sobretudo no âmbito da Comissão Permanente do Conselho Nacional de Movimentos e Obras que passei a integrar. Há um ano e meio, e na sequência da reestruturação das Comissões e Secretariados da Conferência Episcopal Portuguesa, recebi do D. António, na qualidade de Presidente da nova Comissão Episcopal do Laicado e Família, o convite para assumir a responsabilidade do novo Secretariado Nacional do Apostolado dos Leigos e Família (SNALF).
    Este trabalho tem vindo a ser feito numa atenção contínua às necessidades e às perspectivas que se vão apresentando num campo tão vasto como é este, no contexto actual da sociedade portuguesa. Sendo o Secretariado o órgão executivo da Comissão Episcopal, tem sido para mim muito edificante constatar não só a grande capacidade de trabalho e discernimento dos Bispos que a compõem, mas também – e em pé de igualdade – o interesse por todos os contributos que possam surgir da parte deste serviço de que fui encarregado. E se posso dizer isto em relação a todos os membros da Comissão, neste momento não posso deixar de evidenciar a figura do seu Presidente, que ao longo deste período tenho visto conduzir, incansável, um trabalho precioso em prol do Laicado e da Família em Portugal.
    Nós, cristãos, vivemos o presente, com os olhos postos na meta, sem esquecer o passado. Por isso podemos dizer que «o futuro é melhor que qualquer passado». No presente que nos é dado viver nesta hora, quero expressar os meus votos de alegria e felicidade para o novo Bispo do Funchal e para toda a Diocese. Estimado D. António Carrilho, obrigado! (Benjamim Ferreira (Director SNALF)