Albertino Costa
O homem de hoje acredita que pelo trabalho, servindo-se da ciência, pode encontrar a felicidade. Decide-se então a travar uma luta pela sua emancipação. Cultivam-se atitudes de superioridade, esmagando-se os humildes e os considerados inferiores.
O ser humano convenceu-se que tendo poder (dinheiro ou prestígio) domina o mundo. A luta da mulher pela igualdade não se limita em querer ser igual ao homem, mas a vir, um dia, a dominar o homem.
Os jovens, para quem os mais idosos estão ultrapassados, lutam para que as suas ideias prevaleçam.
Esta luta diária cria situações de ansiedade e provoca um desejo de procura duma tábua de salvação. Muitos preferem refugiar-se no trabalho, outros nas diversões, outros ainda caem em situações viciosas. Todos querem encontrar-se dando essencialmente satisfação ao seu eu, porque os outros não existem.
Quando este homem e esta mulher se unem pelo casamento, não estão dispostos a esquecer-se um pouco de si para pensar no outro; dificilmente formarão um verdadeiro lar, uma verdadeira família.
Esta situação egoísta, leva a mulher a não querer ter o incómodo de ficar grávida e muito menos a ter filhos (!), contrariando a vontade de Deus sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra...
Verificamos então que é preferível comprar um cãozinho, um gatinho ou qualquer outro animal de estimação, que ter o prazer de se sentir engordar e perder formas, graças ao aparecimento de um ser que será carne da minha carne e será com certeza o iniciar duma nova vida. Contaram-se que há dias uma menina muito simpática e muito querida, pediu permissão ao seu pároco para que o portador das alianças, no seu casamento, fosse o seu cãozinho!!!
Também temos conhecimento de casais, sem causas conhecidas para não ter filhos, que preferem adoptar uma criança. Este princípio, importante para quem por incapacidade real não pode gerar um filho, faz lembrar, para os que podem, as aves egoístas, que se apoderam dos ninhos das outras para pôr os seus ovos...
Procura-se um sentido para a vida. A instabilidade, a solidão, o sofrimento, a falta de amor pelo outro, aconselham uma vida fácil na presença duma ameaça do não ser nada e da morte. Sem projecto de vida é impossível suportar a angústia e o terror.
Assim vai a sociedade, porque não há quem pregue e quem vá atrás da ovelha perdida. A Boa Nobva será sempre um convite à alegria; um convite à mudança de vida. Deus é a principal fonte de alegria. Tornai-vos praticantes da Palavra e não simples ouvintes, enganando-vos a vós mesmos Tg 1, 22.
Não basta perguntar onde estão os outros. É preciso saber e tentar encaminhá-los para o seio do rebanho.
O tempo do namoro dos jovens católicos deve ser aproveitado para cada um se dar a conhecer. Haverá com certeza um confronto de ideias, sempre útil se houver elevação. Esta preparação para o matrimónio será também tempo para aprender o que significa casar, ser pai ou ser mãe.
Há um conselho importante para toda a humanidade a repetir vezes sem conta Amarás o Senhor teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças. Ensina-o aos teus filhos, fala-lhes em casa, quando caminhes na rua, quando te deites e te levantes. Grava estas palavras nos umbrais da tua casa e nas portas.