[ Especial ]



    ESCUTISMO

    A Estátua "O Escuteiro"


    Fez agora o seu primeiro aniversário. Está implantada na Granja, no mesmo local onde se verificou o III Acampamento Nacional, executada por Jaime Santos a partir de um gesso do escultor José Oliveira Ferreira. Este acontecimento foi o mote para uma grande actividade do Núcleo Douro Sul denominada "Ao Encontro do Escuteiro". Na altura foram proferidas algumas palavras, da autoria do dirigente Costa e Silva, que agora, à distância de um ano, nos parecem mais saborosas. Eis um pequeno resumo do que então nos disse:

    "Porquê ao encontro do Escuteiro? Porque só encontra quem procura; e quem procura faz caminho, caminhando. Parecem ser muitos caminhos para uma única actividade, e certamente que são. Cada criança, cada jovem, cada adulto, cada ancião faz o seu próprio caminho; porém, todos confluem num só caminho, um caminho vertical que nos eleva e permite esperar pela felicidade que nos é anunciada por Cristo: "Eu sou o Caminho". Tal como BP escreveu na última mensagem: "O melhor caminho para alcançar a felicidade é contribuir para a felicidade dos outros".

    Muitas vezes, na sociedade, tal como nas histórias de índios e cowboys, impera a lei do mais forte. Quase nunca a lei do mais forte coincide com a lei mais forte; a lei mais forte é a mais justa, mais solidária, mais humana, a que se baseia no amor e na amizade. Onde houver gente disposta a fazer caminho, aí mesmo se ergue a montanha onde Jesus Cristo delineou a estratégia da guerra dos mansos, dos pequenos, dos humildes e dos fracos, dos perseguidos, dos aflitos e dos pobres. A todos nomeou cabos de guerra, declarando-os bem aventurados, felizes. Por isso ir "ao encontro do Escuteiro" é descobrir o outro, o nosso próximo, conhecê-lo e compreendê-lo.

    É importante fazer a viagem ao interior de nós próprios, tão longa quanto o tempo que cada um de nós demorar a juntar as peças do puzzle do Escuteiro que temos dentro de nós. O Escuteiro que o puzzle representa, é o que está sobre aquela pedra, ela própria simbolizando a montanha...

    Constitui um claro sinal dos tempos este facto singular de, com simplicidade, reunirmo-nos para procedermos à abertura do ano escutista e, em comum, inaugurar uma estátua de um Escuteiro que reza; talvez pela sua paz, talvez pela paz para todos; talvez reze para ganhar forças para deixar o Mundo um pouco melhor do que o encontrou.

    Queridos lobitos, exploradores, pioneiros, caminheiros e dirigentes, fazei a felicidade dos outros e sereis iguais a vós próprios, isto é, felizes." (Junta Regional do Porto)