Do visível ao invisível
"Com as suas palavras e com o facto [da cura do paralítico], Jesus esclarece bem que, se realizava aqueles prodígios nos corpos, era para que se acreditasse que libertava as almas com a remissão dos pecados; ou seja, para que, com base no poder visível, o poder invisível obtivesse fé. Por conseguinte, visto que realizava todas aquelas acções no Espírito de Deus, para conceder aos homens a graça e a paz - a graça na remissão dos pecados, a paz na reconciliação com Deus, do qual apenas os pecados separam - tendo dito os judeus que Ele expulsava os demónios em nome de Belzebu, quis exortá-los misericordiosamente a que não falassem nem blasfemassem contra o Espírito Santo, ou seja, que não se opusessem às graça e à paz de Deus, que o Senhor tinha vindo oferecer por meio do Espírito Santo".
(Santo Agostinho, In Rom, 23)