O farol do nosso tempo
No dia 13 de Maio, também eu era um dos cerca de 500 mil peregrinos que estavam na Cova da Iria. Fiquei impressionado, não tanto pela multidão, mas pelo profundo sentimento de amor e carinho para com Nossa Senhora que se pode experimentar no Santuário de Fátima.
Apesar de ser tanta gente, tudo decorreu dentro da normalidade e com a serenidade possível. Pena foi que muitos milhares de pessoas não pudessem estar em oração connosco dentro do recinto, mas não dava mesmo.
Neste mundo de confusão, descrença, abandono da fé e da prática religiosa, Fátima ergue-se como farol que ilumina no meio de tanta cultura de trevas. A luz de Cristo erradia a apartir do Coração Imaculado de Nossa Senhora. Maria aponta sempre para Jesus, Ela é como um sinal de trânsito de sentido obrigatório sigam por este Caminho que é o meu Filho Jesus.
Foram momentos comoventes a evocação do saudoso Papa João Paulo II que 25 anos antes estava naquele lugar e que reconhecia e agradecia a sua vida à protecção maternal de Nossa Senhora. Sinal, também, de profunda comunhão com o Papa Bento XVI foi a presença de um Legado Pontifício, seu representante, que nos dirigiu palavras de esperança e de ânimo para sermos testemunhas do Evangelho nesta nossa Europa que abandona as suas raízes.
Outro momento que me comove sempre é a bênção eucarísitica dos doentes. Fiquei impressionado com pequenos gestos, como um jovem com algumas deficiências, cantava e erguia as suas mãos em direcção ao Santíssimo Sacramento e duas senhoras que correram para a sagrada custódia, beijando profundamente o Senhor Jesus, na Eucaristia. São pequenos gestos como estes que nos fazem ver o quanto a minha fé é pequena em relação à daqueles irmãos doentes e com deficiência.
Sérgio Carvalho
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