Pelo livro O meu lugar à mesa, Eduarda Chiote foi galardoada com o Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes 2006, que lhe será entregue pelo Presidente da Câmara Municipal de Amarante, a 16 de Dezembro, no auditório da Biblioteca Albano Sardoeira, naquel cidade. De periodicidade bi-anual, o Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes tem um valor pecuniário de 5 mil euros e foi instituído em 1997, aquando do 120º aniversário do nascimento do poeta. Na sua primeira edição, o premiado foi Paulo José Miranda pelo livro A voz que nos trai. A segunda foi ganha por Fernando Guimarães, com a obra Limites para uma árvore e a terceira por Fernando Echevarría, pelo seu livro Introdução à Poesia. Na edição 2004, o Prémio foi atribuído a Daniel Faria e Amadeu Baptista por, respectivamente, Poesia Reunida e Paixão. À edição 2006 do Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes concorreram 160 autores, com 170 obras, tendo o Júri sido constituído por António Cândido Franco, em representação da Associação Marânus, Carlos Poças Falcão, Helga Moreira, Luís Adriano Carlos e Ramiro Teixeira.
Por outro lado, no mesmo local realizou-se em 25 de Novembro, o lançamento do livro O Lugar de Pascoaes Epifanias da Saudade revelada, de Luísa Borges. Paulo Samuel, editor das Edições Caixotim, agradeceu aos presentes, principalmente à família de Teixeira de Pascoaes, dizendo ser um prazer divulgar uma obra de alguém que se debruçou sobre a poesia e o poeta da saudade. Por sua vez, Mons. Ângelo Alves, na qualidade de membro da Associação Marânus, disse ser com gosto que aquela colectividade promovia a divulgação da vida e obra de Teixeira de Pascoaes e deixou um conselho: Quem não estudou ainda a obra de Pascoaes, tem aqui uma boa introdução. Luísa Borges, autora, referiu que o livro fala da obra de Pascoaes como de uma paisagem emocional, e, para o escrever, necessitou de uma inspiração diferente.
Cabe aqui recordar que o poeta e pintor recentemente falecido, Mário Cesariny de Vasconcelos, considerava Teixeira de Pascoaes como o grande poeta portuqguês do século XX, superando mesmo em profundidade a poesia de Fernando Pessoa. Igualmente outro poeta maior do século XX, Vitorino Nemésio, se referiu á poesia de Pascoes como a poesia em que se debate o essencial da condição humana e os seus enigmas maiores.
É pois merecedora de aprofundamento a obra deste escritor. (CF., com inf. da C. M. de Amatrante)