[ Liturgia ]



    Sugestões Litúrgicas


    DOMINGO II DA PÁSCOA - ANO B - 30 DE ABRIL DE 2000

    1. Os Domingos da Páscoa apresentam-se como um tempo unitário dedicado à compreensão, ao aprofundamento e à irradiação da presença de Cristo ressuscitado na sua Igreja e no mundo. É um período caracterizado pela alegria, a mesma de que é portador o Grande Jubileu: «A Igreja alegra-se com a salvação» (TMA, n. 16).
    2. No tempo pascal a novidade da Ressurreição absorve toda a atenção: vive-se do presente e para o futuro; o passado da Aliança e da Revelação são como que absorvidos pela «plenitude dos tempos». Por isso não se lê o Antigo Testamento, sendo a 1ª leitura extraída dos Actos dos Apóstolos, o primeiro «fazer-se história» da Páscoa de Cristo no tempo da Igreja.
    3. Leitores: As duas leituras não apresentam dificuldade de maior, a não ser pela distribuição do texto no Leccionário. Assim, na 1ª, deve ler-se com uma só respiração a frase: «Os Apóstolos... grande poder». Na 2ª, do mesmo modo: «porque o amor de Deus... mandamentos» e «Quem é o vencedor ... Filho de Deus?» (a interrogação incide sobre Quem).
    4. Começa nesta semana o «mês de Maria», uma devoção com profunda ressonância popular que não deve ser ignorada nem deve ser concorrente do tempo pascal. Deve, antes, harmonizar-se com o tempo litúrgico. Os exercícios de piedade, particularmente o terço, deverão ressaltar a participação de Maria no mistério pascal e no acontecimento do Pentecostes (por que não rezar todos os dias os mistérios gloriosos, por exemplo?!), propondo-a como modelo acabado da Igreja e do cristão. As devoções poderão ser momentos privilegiados de instrução religiosa. A recitação do terço poderá ser concluída com a leitura de um texto bíblico ou patrístico ou de algum documento do Magistério de cariz mariano ou sobre temática candente. Os cânticos poderão ser seleccionados entre os propostos pelo NCT nn. 702 a 724; 314-316, 340, 341; 347-349, 359, 461-464, 480, 481; 616634, 647-653.
    5. Sugestão de Cânticos: Entrada: Entrai na alegria, F. Valente, BML 66/67, 81; Nós vimos o Senhor Jesus, F. Santos, BML 6,8; NCT 174; Salmo Resp.: Aclamai o Senhor, F. Santos, BML 6, 11; M. Luís, SRAE 200; Aclam. ao Ev.: Diz o Senhor a Tomé, F. Santos, BML 11, 9; Ofertório: Cantai um hino novo, F. Santos BML 41, 10; Glória a Vós, ó Cristo, M. Luís, NCT 192; Victimae paschali laudes, NCT 202; Comunhão: Aproxima a tua mão, F. Santos, BML 66/67, 85; Sempre que comemos o pão, F. Santos, NCT 198; Reconhecei neste pão, M. Luís, NCT 197; Fim: Aleluia. A Salvação, F. Santos, BML 32, 12; Ressuscitou, aleluia, A. Cartageno, NCT 200; Aleluia! Louvor a Vós, ó Cristo, M. Luís, NCT 168.
    Missas com crianças: Entrada: Aclamai a Deus, F. Santos, BML 100, 51; Eis o dia da Ressurreição, F. Santos, BML 11, 7; ressuscitou Jesus Salvador, B. Sousa, BML 2, 7; Salmo Resp: A terra inteira, F. Santos, BML 58, 17; NCT 185; Aclam. Ev.: Cristo, nossa Páscoa, F. Santos, BML 11, 8; NCT 189; Ofertório: Cantai alegremente, M. Luís, NCT 193; Comunhão: Ressuscitou o Bom Pastor, F. Santos, BML 58, 35; NCT 199.


    DOMINGO III DA PÁSCOA - ANO B - 7 DE MAIO DE 2000


    1. Alegria, felicidade, festa, juventude, glória, renovação, ressurreição, vida eterna, aclamar, cantar, louvar, celebrar: eis o vocabulário emergente da eucologia (orações e antífonas) do Missal para o 3º Domingo. A Igreja transborda de felicidade pela ressurreição do seu Senhor: remoçada no entusiasmo da fé, testemunha a eficácia da Páscoa na vida nova - a glória da adopção divina - que a anima e que pelos sacramentos pascais se renovou e propagou a novos membros. E nesta alegria deseja permanecer e exultar sempre, até à vida eterna.
    2. A Páscoa não é mais um aniversário que se recorda e celebra com luzes, cantos e flores. A Páscoa é uma graça nova e um caminho que nos compromete inteiramente: «Quem diz: eu conheço-O e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso». O estilo de vida pascal constante dos textos litúrgicos (orações, cânticos e leituras) não se esgota nos foguetes e exterioridades das festas mundanas. Concretamente, a fé é indissociável do compromisso moral e da vocação-missão de anunciar a Cristo e de credenciar esse anúncio com o testemunho de palavras e obras, intimamente unidas.
    3. No tempo pascal, o Missal sugere a substituição do Acto Penitencial da Missa pelo rito da aspersão (MR., p. 443 e 1359-1365: atenção às orações propostas em especial para o tempo pascal). Recomendamos o canto durante a aspersão da assembleia: Fontes do Senhor, NCT [= Novo Cantemos Todos] 158, com a salmodia de NCT 160; ou Sois a obra das mãos de Deus, NCT 161; ou, ainda, Vi a água sair do templo, BML [= Boletim de Música Litúrgica, Porto] 36, 10.
    4. De entre os prefácios Pascais, o III parece mais indicado em função das leituras (nomeadamente a 2ª); mas o II e o IV enquadram-se bem com as restantes orações.
    5. Leitores: Na 1ª leitura sugerimos que se destaque a última frase.
    6. Sugestão de cânticos: Entrada: Aclamai a Deus, F. Valente, BML 95, 55; Ó Páscoa gloriosa, F. Santos, BML 36, 8; NCT 175; Nós vimos o Senhor Jesus ressuscitado, F. Santos, NCT 174; Povo eleito, Igreja santa, M. Faria, NCT 177; Salmo Resp.: Erguei, Senhor, F. Santos, BML 46, 11; Aclam. Ev.: Senhor Jesus, abri-nos as Escrituras, F. Santos, BML 11,9; Ofertório: Glória a Vós, ó Cristo, M. Luís, NCT 192; Comunhão, Cristo tinha de sofrer, F. Valente, BML 100, 57; Reconhecei neste pão, M. Luís, NCT 197; O Teu Corpo, F. Santos, BML 24,16; Fim: Ressuscitou, aleluia, A. Cartageno, NCT 200; Vós que testemunhastes a alegria, F. Silva, NCT 536.