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    Cardeal Patriarca presidiu ao funeral do pai de D. Carlos Azevedo


    Manuel Moreira de Azevedo, pai do Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Carlos Alberto Moreira de Azevedo, nasceu a 7/06/1928 e faleceu a 31/07/2006. Foi exímio na educação dos seus 10 filhos, “no trabalho dedicado e no rigor da dedicação”.
    A concelebração fúnebre, que encheu completamente a Igreja de Milheiros de Poiares – tendo ficado ainda vários fiéis de fora da mesma –, foi presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, onde se associaram outros dois Bispos, para além do Bispo Carlos Azevedo (D. António Taipa e D. Manuel Martins), 3 diáconos e 47 presbíteros, entre os quais 2 do Patriarcado (Cón. João Aguiar, Presidente da Administração da Rádio Renascença, e Pe. Peter Stilwell, Director da Faculdade de Teologia da UCP – Lisboa).
    Já é bastante conhecido o dom da palavra de D. José Policarpo. Até num momento mais difícil e doloroso como este não deixou de fazer uma belíssima reflexão homilética sobre a morte. Referiu que a “liturgia da morte é uma síntese de toda a vida cristã. Celebra-se a dor e a vida humana que aqui se congrega. Celebramos o nosso baptismo. As exéquias são a última celebração do cristão neste mundo, vividas com simplicidade. É um momento de acção de graças, mas também de arrependimento. As exéquias são a fronteira da vida, que marca irremediável e inevitavelmente a fronteira entre crença e descrença. Ao contemplarmos este horizonte de largueza da vida lembramos Jesus na Cruz. A vida é para ser fácil, fluida e não sofrida, apesar do sofrimento fazer parte da vida. O cristão é chamado a viver por exigência da morte de Jesus e tem de esperar a sua Ressurreição. Essa é a justiça e a verdade fundamental de Jesus e de cada um de nós. Ao vivermos a vida compreendemos a morte pela fé em Jesus. A morte é uma expressão visível do amor fraterno. Se isto não existir é vã a nossa fé. Este é um momento de fraternidade, porque há um momento de separação. Quero saudar com muita amizade o Bispo D. Carlos, a sua mãe, os seus irmãos e todos os familiares. Vivendo este momento aprofundaremos mais na nossa oração a primazia da caridade. Deixemos cair e calar todos os nossos juízos humanos, porque só conta o juízo de Deus, que é um juízo de misericórdia”.
    Ainda antes da despedida o Bispo Carlos Azevedo agradeceu a presença de todos os amigos e algumas entidades, entre as quais o Presidente da C. M. Santa Maria da Feira e o Presidente do Centro Regional do Porto da UCP, e recordou a personalidade e alguns feitos de seu pai, entre os quais o ter tocado violino e clarinete (daí não ter faltado a musicalidade destes instrumentos na Eucaristia, com a excelente ajuda e qualidade do grupo coral); o ter composto uma marcha, curiosamente de nome “Mitra”; e o seu gosto pelo desenho…
    «Dai-lhe, Senhor, o eterno descanso. A sua alma descanse em paz!».