Peregrinação a Lourdes do MMF de Alfena
Continuando o relato iniciado na semana passada, apresentamos o registo do resto do percurso desta peregrinação:
3.º dia Indulgência e vivência do Jubileu
Este dia foi dedicado exclusivamente a Lourdes, a conhecer os lugares ligados às aparições e à vidente, Bernadette. O grupo tinha planeado assistir a um vídeo no santuário, realizar a Via Sacra e participar na parte da tarde na Eucaristia. Mas todo o programa foi alterado pela Providência Divina. Em vez do filme, quase todos decidiram confessar-se, preparando-se desta forma para alcançar a indulgência plenária que o Santo Padre concedeu aos peregrinos de Lourdes neste ano. Quando iam para a Via Sacra, começou a chover o que prontamente foi resolvido, tendo o grupo participado na Eucaristia, na capela de S. Gabriel, na Basílica da Imaculada Conceição.
Na parte da tarde, tiveram a graça de ter percorrido o Caminho do Jubileu, cada qual com um símbolo em que colavam um sinal, como prova de terem percorrido os lugares principais: santuário (aparição na gruta), casa da vidente (vida familiar), igreja paroquial (baptismo) e o hospital (primeira comunhão). Foram acompanhados por jovem membro da comunidade Casa de Maria que a todos fez crescer na fé e no amor a Maria Santíssima. Após o jantar muitos quiseram ir despedir-se da Senhora de Lourdes, rezando o terço na gruta pelas intenções do Santo Padre, de forma a ganhar a indulgência. Não se despediram sem antes recolher a água miraculosa da gruta.
4.º dia O amor à Virgem
Este foi o dia com grandes emoções, provocadas , sobretudo, pela travessia dos Altos Pirinéus que fazem a fronteira natural entre França e Aragão, em Espanha. O coração enchia-se de alegria e das bocas saltavam hinos de louvor ao Criador pelas maravilhas que criara: a neve, os picos escarpados, os vales sulcados, a natureza exuberante.
Entrados em Espanha, pararam antes de Huesca, no santuário de Torreciudad, onde se venera a Virgen de Los Reyes. Este santuário pertence à Prelatura da Opus Dei e nasceu de um sonho e vontade de S. Josemaria Escrivá de Balaguer.
Um verdadeiro paraíso com os Pirinéus no horizonte e as planícies aragonesas aos pés, tudo espelhada nas águas límpidas da barragem que se situa aos pés do munte onde está o santuário. Típica deste santuário é a oferta de imagens de Nossa Senhora de vários pontos do mundo pelos grupos que visitam aquele lugar, expostas na cripta da igreja.
Antes da chegada a Madrid, para descansar, a peregrinação parou em Saragoça, para visitar a basílica da Virgem del Pilar. Um gigantesco edifício onde se venera a padroeira do reino de Espanha.
5.º dia À sombra da Cruz
Neste último dia de peregrinação e de regresso à pátria, os peregrinos visitaram dois lugares: a basílica do Vale dos Caídos e Ávila.
O Vale dos Caídos que acolhe os restos mortais de Franco, Caudilho de Espanha, marcou pela grandeza da cruz e da construção e pelo simbolismo com que se reveste.
Daqui, o ponto seguinte foi Ávila, terra de Santa Teresa de Jesus, fundadora das Carmelitas Descalças. Como era quarta-feira de Cinzas, todos foram à Eucaristia ao Mosteiro e igreja que estão construídos no lugar onde Teresa de Jesus nasceu. Aqui iniciaram o percurso quaresmal com a imposição das cinzas como sinal de arrependimento.
Na parte da tarde puderam visitar a catedral de Ávila, percorrer a cidade muralhada e compreender um pouco mais a mensagem de Teresa de Jesus. Foi opinião unânime que aqueles dias passados em comunidade a todos fizeram crescer, tanto como cristãos, como na amizade. Reinou sempre a boa disposição e a alegria, tendo-se vivido momentos de grande profundade e espiritualidade.
Sérgio Carvalho