Mais de três mil acólitos, vindos de quase todas as dioceses de Portugal, realizaram, no dia 1 de Maio, a sua peregrinação nacional ao Santuário de Fátima. Concentrando-se no Centro Pastoral Paulo VI, vestidas as alvas que usam no exercício do seu ministério, desfilaram até à Capelinha das Aparições, rezaram o Rosário, meditando os mistérios luminosos. Eram uma verdadeira multidão revestida com túnicas brancas, fazendo lembrar as passagens do livro do Apocalipse. À frente, a abrir o desfile, a cruz, no final os concelebrantes (cerca de 100 presbíteros e 6 diáconos), o bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva, e o presidente da peregrinação, D. António Taipa, bispo auxiliar do Porto e Presidente da Comissão Episcopal da Liturgia. Na concelebração eucarística, no altar do Recinto de Oração, participaram cerca de dez mil pessoas, entre elas grupos de peregrinos austríacos, espanhóis e portugueses. Entre os portugueses salientamos o grupo de desportistas da diocese de Leiria-Fátima, ligados à Pastoral do Desporto e que participaram no primeiro Grande Prémio da Diocese.
Na homilia, D. António Taipa dirigindo-se aos acólitos fez uma exposição sobre a centralidade do ministério e vida dos acólitos, dizendo "sabeis e tendes consciência que o vosso ministério se exerce fundamentalmente à volta do Altar do Sacrifício, à volta da Eucaristia". Enumerou as funções que acólitos podem exercer como "ajudar o presbítero e o diácono nas celebrações, ministrar a Eucaristia aos fiéis e levá-la aos doentes e idosos, e expor o Santíssimo Sacramento para adoração". Formulou recomendações para o exercício do ministério, para que este "seja mais pleno e fecundo". Segundo D. António Taipa, os acólitos devem "participar de maneira sempre mais piedosa e atenta na Eucaristia, procurar um conhecimento mais intenso e espiritual do Culto Eucarístico e esforçarem-se num permanente esforço por uma vida sempre mais de acordo com o ministério exercido". Entregou a Nossa Senhora estes propósitos, pedindo "que Ela os leve a Jesus para que dele recebamos por mediação do seu Espírito as forças necessárias para lhe sermos fiéis". Terminou as suas palavras, lembrando o "Dia do Trabalho, dia de S. José Operário" e "fazendo votos de que "no nosso trabalho saibamos ver um prolongamento do nosso ministério". Antes da bênção final e da procissão do "Adeus" todos os acólitos fizeram a sua consagração a Nossa Senhora do Rosário de Fátima, pedindo a sua protecção e intercessão junto de Seu Filho Jesus. (Informação de Sérgio Carvalho)