A Liga Operária Católica ou Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) considera insuficientes as alterações feitas ao Novo Código do trabalho. "O novo Código ainda não está aprovado e a nossa esperança é que ele seja bastante melhorado". Afirmações de José Maria Carneiro da Costa,
Ex-Coordenador Nacional da Liga Operária Católica e actualmente delegado à Equipa de Formação deste movimento. Declarações feitas à Agência Ecclesia durante uma reunião da Equipa Nacional de Formação, em Coimbra, e no dia em que milhares de trabalhadores se concentraram em Lisboa contra a política laboral do governo. Trabalhadores que contaram com o apoio deste movimento da igreja católica. "Estamos com aqueles que lutam por um trabalho justo, digno e reconhecido para todos" afirmava Maria Virgínia Sousa , Vice-Coordenadora Nacional da LOC.
O Movimento de Trabalhadores Cristãos gostaria que este código protegesse os trabalhadores do desemprego. José Maria Carneiro criticava a atitude do Governo ao permanecer "Impávido e sereno" perante a transferência de empresas estrangeiras para outros locais deixando "os nosso trabalhadores no desemprego". Outra das reivindicações diz respeito à redução do horário de trabalho". José Maria lembra os anos de luta pelas 40 horas semanais e agora fica indignando ao ver consagrado numa proposta a possibilidade de se puder trabalhar até 60 horas por semana. "Não pode ser" afirma este membro da LOC.
Comentando a actual situação social do país José Maria afirma que "estamos a construir uma sociedade de pessoas tristes, de pessoas preocupadas" . E isto acontece "porque há uma má distribuição da riqueza." Para este membro da LOC as pessoas estão preocupadas com o futuro, com o facto de poderem ou não sustentar os seus filhos, as suas famílias e isso reflecte-se no desenvolvimento do país. (Ecclesia)