| Eclesial: | ||
. Acção Pastoral
Três objectivos fundamentais marcam o Programa de Acção Pastoral para 1996/97: desenvolver o sentido missionário na Igreja diocesana e nas comunidades locais; promover a formação sistemática dos agentes e promover experiências de solidariedade cristã.
De acordo com o Programa aprovado em
Julho, a concretização destes objectivos passa pela
realização de determinadas acções
a nível paroquial e diocesano. Assim para o primeiro objectivo
haverá uma aposta na dinamização dos conselhos
pastorais, constituição de pequenas assembleias
e grupos de reflexão, valorização da pastoral
dos sacramentos e dignificação da celebração
dominical. A formação de agentes de pastoral, segundo
objectivo, contempla a realização de acções
de formação, reformulação das reuniões
arciprestais, aproveitamento adequado do Centro de Estudos para
a Formação de Agentes de Pastoral (CEFAP). Finalmente,
a consecução do terceiro objectivo passa pela diversificação
de actividades da pastoral da saúde, a nível de
instituições hospitalares e comunidades paroquiais.
ÉVORA
. Clero
Decorreu, segunda feira, na Casa Sacerdotal, em Beja, a Jornada Pastoral para o Clero.
Depois do grande encontro em Fátima,
no início deste mês, sobre "Estilo e Vida do
Padre", os sacerdotes diocesanos foram convidados a reflectir
sobre a preparação do próximo jubileu bem
como as linhas de força do Plano Pastoral para o próximo
ano. Na orientação dos trabalhos estiveram os sacerdotes
José Dias Marques, Eduardo Pereira da Silva, Sanches Alves,
José de Leão Cordeiro e a doutora Maria Teresa Pereira.
LISBOA
. Beatificação
A Causa de Beatificação da serva de Deus Teresa de Saldanha Oliveira e Sousa, fundadora da Congregação Portuguesa das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, está a dar os primeiros passos.
De acordo com um edital do Patriarcado
está em curso, e prolonga-se por um mês, o processo
de recolha de escritos daquela serva de Deus, tendo em vista a
organização do processo canónico sobre suas
virtudes e fama de santidade. A entrega dos escritos deverá
ser feita na Chancelaria Patriarcal de Lisboa.
. Programa
O Programa Diocesano de Pastoral para o biénio 1995-1997 - chamados à fé enviados em missão - foi elaborado tendo em conta a preparação do jubileu do ano 2000.
Depois de uma primeira fase "de
sensibilização ao significado do Jubileu, à
necessidade de conversão pessoal e de renovação
conciliar da Igreja, à urgência da da unidade entre
os cristãos e à gravidade da situação
moral, social e religiosa do mundo de hoje", o Programa Pastoral
aponta agora, nestes anos que faltam, para o "aprofundamento
catequético e espiritual dos fiéis" uma tarefa
que deve mobilizar toda a Igreja, como escreve D. António
Ribeiro. Para estes três anos que faltam, o Programa consagra
1997 à reflexão sobre Jesus Cristo, procurando o
"regresso dos fiéis à Bíblia, a redescoberta
do Baptismo, o revigoramento da fé e do testemunho cristão
e a implementação da catequese. 1998 será
dedicado ao Espírito Santo e os objectivos específicos
apontam para a "redescoberta do sacrammento da Confirmação
e um renovado empenho da nova evangelização".
Finalmente, o ano de 1999 vai privilegiar uma meditação
sobre o "Pai que está nos céus", procurando
apontar para a conversão, o recurso ao sacramento da Penitência
e às tradicionais Indulgências.
COIMBRA
. Música Sacra
A Escola Diocesana de Música Sacra iniciou o novo ano escolar com 50 alunos.
A sessão de abertura do novo ano teve lugar no passado dia sete e contou com a participação da totalidade do corpo docente e da grande maioria dos alunos. Na altura o director da Escola sublinhou as razões e o espírito de serviço na causa da música sacra, tendo em vista a renovação litúrgico-musical da diocese. E muito tem sido feito nos últimos anos graças ao trabalho levado a cabo pela Escola.
No presente ano lectivo, os 50 alunos
inscritos são provenientes de 23 paróquias.
VISEU
. Paróquia
Pelo segundo ano consecutivo, o Programa Pastoral vai privilegiar a reflexão e o estudo pastoral da Paróquia, numa perspectiva cristológica.
Em Nota Pastoral, com data de um deste
mês, D. António Monteiro lembra que a preparação
do ano jubilar, a começar em 1997, tem um programa universal
para toda a Igreja definido por João Paulo. Numa linha
de estreita comunhão com Sumo Pontífice, "vamos
tentar, também nós, pôr a Igreja de Deus,
presente na Diocese de Viseu, toda voltada para Jesus Cristo e
à Sua volta, para O conhecermos melhor, para O amarmos
mais, para O celebrarmos melhor, para nos aproximarmos sempre
mais dEle na fé e, muito em especial para renovarmos a
nossa opção fundamental por Ele, no momento do Baptismo",
escreve D. António Monteiro.
VIANA DO CASTELO
. Formação
A formação teológico/pastoral dos sacerdotes, religiosas e leigos continua a ser o grande objectivo da Escola Superior de Teologia e Ciências Humanas do Instituto Católico de Viana.
Com mais um ano escolar prestes a ter início, a Escola continua a proporcionar a frequência de dois cursos. O Curso de Formação Contínua destinado, em especial, para os sacerdotes, será constituído pelo estudo do Direito sacramental, Teologia dos Sacramentos e Pastoral dos Jovens, com aulas na quarta de manhã. Para todos os agentes de pastoral, o Curso de Pastoral funcionará às quintas feiras à noite, das 19 ás 22,30 horas, com aulas sobre o Novo Testamento - Escritos Joaninos e Soteriologia - Antropologia Teológica.
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Não vale a pena irritarmo-nos,
nem dar mil explicações sobre questões que
os nossos contemporâneos e conterrâneos não
entendem. Também as meias palavras não ajudam nada,
pelo contrário. Se somos interpelados sobre estas questões,
mais vale dizer claramente o que fazemos e o que pensamos, apesar
das confusões a que estamos sujeitos, do que fugir ao
debate. O Apóstolo enfrentou a mesma dificuldade. "O
pão é para a boca, mas o corpo não é
para a fornicação! Frase lapidar, paralela
daquela outra na boca do Mestre: "O que seja O Homem não
é o que entra num homem, mas o que sai do Homem!"
Entenda quem puder. Onde faltam as palavras, ficam os actos. Mas
eu digo o que penso, mesmo correndo o risco de não ser
entendido. Nos dias que correm, hora-da-Verdade, há cada
vez menos questões reservadas. Neste campo estamos cada
vez mais desarmados, a nossa única força consistindo
em fazer o que dizemos, e dizer o que somos.
O Simpósio foi um bom exemplo. Sem reservas, todas as questões foram abordadas e, finalmente, as disposições formuladas e manifestadas por presbíteros que assumem o seu estado-de-vida que se propuseram neste simpósio esclarecer e consolidar. Não que a nós, presbíteros-solteiros, já não haja qualquer esperança, à maneira do aviso feito por Dante: "Lasciate ogni speranza, voi ch'entrate". Não, se houver presbíteros desperados, esses deveriam deixar o Ministério urgentemente, pois está em causa a sua salvação e... a salvação dos outros. Enquanto a Igreja mantiver a disposição canónica do não-casamento dos presbíteros ordenados no estado de solteiros, disposição que provavelmente sempre manterá, esta questão nunca deveria ser confundida com a hipótese da ordenação de homens-casados, coisa que provavelmente não demorará a fazer ou, melhor, voltará a fazer, retomando a tradição apostólica.
Mas, e a vida sexual
dos padres? Ainda não li o livro que saiu há dias
com esse título. Folheei-o apenas, e o que vi vai-me exigir
uma grande dose de bom estômago para tentar perceber as
intenções do autor, mais do que os dados
da questão que me parecem estranhamente documentados. Não
é novidade as dificuldades da Castidade comuns a solteiros
como a... casados. Nunca ouviram falar das tentações
de Santo Adão? A Castidade é um equilíbrio
pessoal a manter toda a vida tanto por solteiros como por casados.
Equilíbrio sempre sujeito a desequilíbrios a que
nenhuma das fases da vida escapa, incluindo a própria velhice.
Faltas contra a Castidade? Perguntem aos Santos! São da
mesma ordem das faltas da Vaidade... Dos pés à cabeça,
todos somos sacudidos pelas duas mais impulsivas pulsões
da vida: a Agressividade e a Sexualidade. Numa como outra há
acidentes ao longo do caminho de vida das pessoas. Acidentes
mais ou menos graves. Alguns podem pôr em questão
o próprio estado-de-vida. Se for o caso, e se as terapêuticas
aplicadas e à mão não resultarem, "aquele
que se examina a si próprio" terá que pôr
em questão o seu próprio estado de vida, seja casado
ou seja solteiro. O Apóstolo, referindo-se aos solteiros,
escreveu: "É melhor casar do que arder".
Mas, se se é casado? No tempo de S. Paulo esta questão
ainda era pouco sensível, exceptuando o caso do adultério.
Mas hoje sabem-se coisas sobre os casados... que não põem
nem menos nem menores questões de fundo.
A questão no fundo é a
Castidade. Os Modernos não percebem, como os Antigos também
não perceberam, que a Castidade é pura e simplesmente
a educação da Sexualidade. Uma sexualidade educada,
limpa se quiserem, os Santos chamavam-lhe pureza, pois tinha a
ver com a higiene do Coração; uma sexualidade educada
é casta, isto é, autêntica,
sem misturas. Um combate de toda a vida. De toda a gente, solteiros
como casados. Tal como acontece com a Agressividade, em que aa
afirmação de Mim, a defesa de Mim, está sempre
ameaçada pela Vaidade e pelo Rancor, ou pela Pusilanimidade
e pela Depressão. Os Modernos não têm só
dificuldade em entender a Castidade. A própria Agressividade,
nos dias que correm, está a provocar tantos desastres como
a Sexualidade.
Mas o que justifica o nosso estado de vida, é a Fé e aquele Amor que, por tornar cara a vida, tem o nome de Caridade. É este Amor que nos move, e outra coisa não teria força suficiente para nos mover e remover os medos do Século.
| Leonel Oliveira |
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Os participantesapresentaram as seguintes propostas: "Todos, homens e mulheres na Igreja e na Sociedade, reconheçam humildemente a necessidade de conversão para se abrirem a uma nova mentalidade"; "a urgência de restituir à mulher a dignidade e os seus direitos, para que se torne uma força maior ao serviço da Missão"; e "investimento numa formação libertadora da mulher para que ela seja promotora de desenvolvimento".
Concluiram ainda os participantes que este processo deve envolver "todas as pessoas" e que a vida não deve ser ditada por circunstâncias e condicionalismos sociais, "mas escolhida e assumida, em opções conscientes e livres". Tal como acontece na sociedade cívil, também "a nível eclesial se sente a necessidade de desimpedir os caminhos à mulher no acesso à decisão a todos os níveis, em plena igualdade e paridade com os homens".Nesse sentido, as mulheres pedem "um novo olhar sobre o seu estatuto, a sua situação e suas funções na sociedade, na família e na igreja".
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