Valadares (Vila Nova de Gaia)

A paróquia, com cerca de 10 mil habitantes, quando em 1960 apenas tinha menos de seis mil, tem conhecido um acelerado aumento da população. Aparece já em 1290 como uma das mais antigas na Terra de Santa Maria. Era curato do mosteiro do Corpus Christi, de Vila Nova de Gaia.

Situada na orla marítima e com uma excelente praia, Valadares é hoje um centro fabril com predominância das indústrias de cerâmica, madeiras e agulhas em que trabalha a maior parte da população. O nível económico vai do médio e alto ao baixo e muito carenciado, a que as Conferências vicentinas têm dado grande apoio, mormente através das 55 casas que a paróquia tem para pobres.

Depois de dez anos de Catequese, acederam ao Crisma 50 fiéis, quando há seis anos, na última visita, haviam sido perto de 100 pessoas. A comunidade tem 45 catequistas para 239 crianças e adolescentes, tem um grupo de jovens vicentinos, Cursos de Cristandade, equipas de preparação para o Baptismo e para o Crisma, leitores, acólitos, ministros da Comunhão e coros litúrgicos.

Além da igreja matriz, há uma capela na zona da praia. Em projecto está a construção do Salão Paroquial e da Residência, de que foi benzida a 1a. pedra naquele sábado. A paróquia beneficia do apoio do Seminário da Boa Nova, ali situado. Não tem padres dali naturais mas um seminarista e uma candidata à vida religiosa, nas Doroteias.

Além de uma melhor formação das pessoas e do reforço do espírito comunitário, começando, pelos grupos paroquiais, está entre as prioridades o lançamento da pastoral da família e do Escutismo.

Na homilia, D. José lembrou que o Reino de Deus, apresentado por Jesus Cristo em parábolas (rede lançada ao mar, semente, grão de mostarda), não é terreno mas espiritual e universal, "um Reino de justiça, de graça, de amor e de paz". Para ele se caminha até "aos tempos definitivos" no testemunho de uma Fé que se quer adulta e comprometida.

D. José Augusto, administrador diocesano, de 27 a 29 de Junho fez visita pastoral a Vilar do Paraíso, Vila Nova de Gaia, comunidade a que preside o P. António Azevedo, tendo crismado 120 fiéis.

Situada numa zona de característcas sub-urbanas, esta comunidade terá perto de 15 mil pessoas, quando em 1960 pouco ultrapassava as quatro mil. Com um grande número de pessoas desenraizadas, terreno propício para as seitas, há muitas famílias em condições de certa degradação. A freguesia aparece já em documentos dos meados do séc. XI, situando a paróquia no termo da Feira, curato da apresentação dos morgados de Vilar e depois abadia. Beneficiou do foral manuelino outorgado a Vila Nova de Gaia, em 1518.

A igreja, de planta manuelina, sofreu muitas remodelações e tem no interior dois túmulos com brasão. Há ainda as capelas de S. Martinho e de S. Caetano, e outro centro de culto na Ilha, em espaço gentilmente cedido. Nos últimos anos foi restaurada a igreja matriz e ampliada a capela de S. Martinho.

A paróquia está a fazer um esforço de aumento dos laços comunitários, bem como de renovação das estruturas e de formação de adultos na linha do Jubileu do Ano 2000. E também de acolhimento e acompanhamento das famílias, nomeadamente as não-crentes e não-praticantes, e de apoio aos problemas sociais.

Na mensagem que aqui deixou, D. José lembrou os apóstolos S. Pedro e S. Paulo como "testemunhos vivos de amor a Cristo e de fidelidade na Fé até ao martírio". E apontou Jesus Cristo como "a principal fonte de reflexão" nesta caminhada para o Grande Jubileu.

A paróquia tem 60 catequistas para 550 crianças e adolescentes, tem três grupos de jovens com animadores, oito equipas de casais, dezenas de acólitos, leitores e ministros da Comunhão, grupos corais e outros zeladores do culto. Há Conferências vicentinas, Cursos de Cristandade, Liga Operária Católica, Corpo Nacional de Escutas e Apostolado da Oração. Relevante é o apoio dado pelos Missionários da Boa Nova e a Equipa vocacional tem apelado à dedicação a Deus, de que são sinal o padre missionário da Boa Nova, o diácono permanente (Celestino Gomes), um seminarista, três consagradas religiosas e uma leiga. Na última visita, em 1991, D. José crismou 133 fiéis.

Uma centena de fiéis da paróquia de Vilar de Andorinho, a que preside o P. Floro Dias Alves, foram crismados na tarde do 6, Domingo, ao encerrar-se a visita pastoral de D. José Augusto, administrador diocesano, àquela comunidade do concelho de Vila Nova de Gaia.

Perto da margem esquerda do rio Douro, já no século XI aparece menção a Vilar de Andorinho, com o nome de Vilar de Febros e devendo a sua origem ao convento de Pedroso. O nome actual apareceu nos começos do século XIV quando os beneditinos de Pedroso cederam Vilar de Andorinho às franciscanas de Santa Clara do Porto.

Uma grande transformação se deu nesta paróquia nas últimas décadas, passando da pujante agricultura, de que se destacava a cebola, a área suburbana, com pequenas indústrias e sobretudo como dormitório das grandes cidades e zonas industriais do Porto e de Gaia. Na década de sessenta a população era de menos de seis mil pessoas, mas agora terá mais de vinte mil, em virtude também da urbanização da Vila d' Este, entre a auto-estrada e o Monte da Virgem.

Constante é o aparecimento de novas necessidades a que alguns fiéis tentam responder numa acção que é apoiada pela Paróquia. É o que acontece com as Conferências Vicentinas, Escuteiros e grupo de acção comunitária, mas também com a Catequese, cinco ministros da Comunhão, grupos da Liturgia e Comissão Fabriqueira.

Na última visita, em 1991, foram crismadas 39 pessoas e agora uma centena que o fizeram depois de dez anos de Catequese ou de uma formação intensiva. Durante os três dias em que o Bispo benzeu o salão paroquial renovado, visitou os diversos lugares e se encontrou com as pessoas que mais participam na vida da Paróquia cresceu o apelo a uma mais enérgica renovação. D. José encontrou-se com os organismos paroquiais, com a Catequese, doentes, crismandos e jovens, e esteve nas capelas de S. Lourenço e de N.a. S.a. da Paz, que serve gente das paróquias de Canelas e de Santo Ovídio, de N.a. S.a. Mãe dos Cristãos em Balteiro e na Vila d'Este.

D. José a todos lembrou devem ser "profetas de Deus" falando uma linguagem que este mundo entenda, ainda que muitos desprezem uma tal mensagem, como acontecera com Jesus na sua terra. O Crisma assinala a fortaleza do cristão que deverá conhecer bem a Mensagem que anuncia. Ao serviço de Deus, deverão estar todas as estruturas que ali são a igreja e a residência paroquial, um pequeno salão e três capelas. São naturais desta comunidade os padres Arlindo Cunha e dois outros dos Missionários da Boa Nova. Há dois seminaristas.

Neste Domingo, D. José concluiu a sua visita pastoral às 13 paróquias (algumas ainda experimentais) da 1a. Vigararia de Vila Nova de Gaia que correspondem a onze freguesias com uma população de mais de 200 mil habitantes.